quinta-feira, 29 de novembro de 2007

As coisas continuam as mesmas

Época de eleição aqui na universidade, mas agora uma eleição mais brava, pro DCE (Diretório Central dos Estudantes), então a situação está mais...quente, vamos assim dizer.
Aqui na história não dá pra ir pra aula sem ser abordado por umas três chapas diferentes tentando te vender o peixe delas, quase te coagindo a votar. Honestamente isso é um saco. Tudo bem a panfletagem, acho isso necessário, senão nem saberiamos em quem votar, mas esse lance deles ficarem ali toda hora te perguntando "já votou" e falando "vote em nossa chapa", já deu na minha paciência!
No final todos tem alguma filiação ou participação de algum partido, a grande maioria de esquerda e, quem quer que seja eleito, vai transformar o DCE numa arma política. Isso é visível em algumas campanhas partidárias, como a da chapa apoiada pelo PSTU, se não fossem os cofres do partido dificilmente uma chapa formada por estudantes teria conseguido distribuir tantos panfletos, fazer tantos cartazes e distribuir tantos adesivos, o que mais me indigna é que esse pessoal nem ao menos tem a decência de colocar em seus panfletos "Somos do PSTU", honestamente, eu não sou nada fã do PCO (Partido da Causa Operária), mas pelo menos o pessoal deles já vem avisando quem são e a quem são filiados e os menos informados sobre a campanha ficam mais esclarecidos.
Todas as chapas tem um partido, ou pelo menos são identificáveis como filiadas a algum movimento...bom, pelo menos assim fica fácil explicar pro pessoal quem é quem na votação.

Reproduzindo um diálogo meu com um amigo, com as mãos cheias de panfletos das chapas, ontem antes da aula do noturno (na verdade tem um pouco de um diálogo posterior a aula também):
"Essa chapa aqui ó!"
"Que que tem?"
"Filiada ao PSTU, essa outra aqui ao PSOL, essa ao PT e essa é a do pessoal do MNN"
"MNN?!"
"Movimento da Negação da Negação"
"Ah!"
"E qual é a da atual gestão?"
"Essa daqui, daquela garota que veio aqui, maior sotaque de carioca sabe?"
"Ah! Sei...e eles fizeram uma boa gestão?"
"Bom...isso depende do ponto de vista né? Porque eles foram contra a ocupação da reitoria e tals..."
"Entendi..."

Pelo menos agora ele sabe em quem vai acabar votando!
Eu? Já decidi meu voto, é como me disse o Gui ontem "nenhuma dessas chapas me representa, mas vou votar na menos pior", ultimamente na política essa é a única salvação e se é verdade que esse pessoal que está aqui hoje vai disputar os cargos políticos do futuro, essa vai ser a realidade por muito tempo ainda...

sábado, 24 de novembro de 2007

Capitulo 2 (ou é a parte 2 do capitulo 1?)

Se Arthur podia ser resumido em uma palavra, para Amanda essa palavra era “competitivo”, desde a primeira conversa, sempre que eles discutiam o que quer que fosse, ele queria ganhar, isso muitas vezes era cansativo, mas ao mesmo tempo divertido, principalmente porque ela também gostava de discutir e ganhar.
Logo eles chegaram ao edifício onde Arthur morava que desceu do carro e ofereceu a mão para ajuda-la, quando Amanda desceu do carro quase engasgou pela segunda vez naquela noite, ela conhecia um pouco de imóveis, até porque esses eram um de seus principais investimentos e o prédio diante do qual estavam era um dos metros quadrados mais caros da cidade e era ali que Arthur morava.
“Decididamente garota, esse cara é exageradamente mais rico do que você imaginava”
Eles entraram no luxuoso hall do edifício e foram direto para o elevador, em alguns segundos, Amanda não sabia precisar quantos, mas definitivamente foi em menos de um minuto, chegaram ao apartamento de Arthur.
Assim como Amanda, ele morava sozinho há algum tempo, mas diferentemente dela, ele tinha empregados para cuidar do apartamento e quando Amanda entrou nele entendeu porque, era simplesmente enorme e certamente um rapaz que morasse sozinho, trabalhasse e estudasse jamais teria tempo para deixar um apartamento tão organizado e limpo como aquele estava.
Arthur ligou uma luz indireta e ela pode ter uma visão parcial da decoração apurada do apartamento, certamente aquilo era obra de algum decorador, mas Amanda não podia negar que ainda assim a sala tinha uma aparência extremamente confortável, com dois sofás espaçosos e de aparência macia, um dos quais coberto parcialmente por uma manta de algodão cru.
-- Quer beber alguma coisa? – Arthur perguntou – Água, vinho, refrigerante, chá, suco? Só não ofereço café porque não sei fazer.
-- Aceito o vinho – Amanda respondeu sorrindo.
-- Tinto e seco não é? – Arthur perguntou com um leve sorriso.
-- Isso mesmo – concordou ela aumentando o sorriso.
Arthur serviu o vinho para os dois e a convidou para se sentar.
-- E o problema que você tinha que resolver? – Amanda perguntou para logo depois se arrepender, “e se eu estiver sendo invasiva?”
-- Agora eu preciso esperar os papéis chegarem, Augusto foi busca-los para mim, a burocracia para que você conseguisse entrar no prédio onde fica o escritório seria enorme, então pedi para que ele os trouxesse aqui.
-- Augusto é seu motorista?
-- Isso, motorista, segurança e mordomo.
-- Nossa! Sabe, devo confessar que estou surpresa, você já havia me contado que era rico, mas eu não imaginava que era tanto, só esse apartamento é uma fortuna, sei disso porque andei pesquisando comprar ou não um nesse mesmo prédio.
-- E decidiu por?
-- Comprei e aluguei, imóveis são bons investimentos.
Arthur concordou com a cabeça enquanto colocava a taça na mesinha em frente ao sofá.
-- Imóveis são um investimento seguro, dificilmente se desvalorizam tão rápido quanto ações – respondeu Arthur – e por falar em ações, como vão aquelas em que te convenci a aplicar algum dinheiro?
-- Você sabe que vão muito bem – Amanda respondeu rindo – não se faça de desinformado e por sinal, obrigada pela dica.
-- Não tem de que, você sabe que isso faz parte do meu trabalho.
Uma das grandes ironias daquela relação é que Arthur era sócio de uma firma de advocacia que prestava assistência justamente para Amanda, desde o dia que descobriu isso ele fez questão de cuidar pessoalmente dos interesses dela, inclusive dando-lhe dicas de onde seria melhor investir seu dinheiro.
-- É, mas aquela dica foi por baixo dos panos, você me avisou antes mesmo da informação ser passada para o público em geral...olha...isso pode ser útil pra mim, se algum dia precisar posso te chantegear com isso!
-- Você tem provas?
-- Eu gravo todas as nossas conversas!
-- Eu também – respondeu Arthur sentindo-se enrubescer.
Nesse momento o celular dele vibra de novo e mais uma vez pedindo licença ele se afasta para atender ao telefone.
Amanda fica observando-o, a maneira como ele inclina a cabeça ao ouvir, o leve franzir das sobrancelhas, o óculos de armação fina, os lábios cheios e bem desenhados, sem serem femininos, o maxilar bem definido, ombros retos, ele era o tipo físico pelo qual ela sempre se sentira atraída, alto e magro, Amanda simplesmente não entendia a tara da maioria das mulheres por montes e montes de músculos, “afinal se querem só isso era mais fácil jamais termos saído das cavernas!” ela pensou olhando pra o tapete e rindo.
-- Correndo o risco de ser intrometido, mas o que é tão engraçado?
-- Eu estava pensando na fixação que certas mulheres tem por montes de músculos nos homens, do tipo Arnold Schwarzenegger, sorte que nem todas são assim, senão estaríamos até hoje nas cavernas! Não me sinto nem um pouco atraída por esse tipo de cara.
-- E qual tipo você prefere?
-- Você – Amanda respondeu de ímpeto e teve vontade de cortar a própria língua um milésimo de segundo após a resposta ter saído de sua boca, sentia seu rosto arder de vergonha, jamais era tão desinibida nas respostas, mesmo via internet.
Arthur um tanto desconcertado inclinou-se para pegar sua taça em cima da mesa, esbarrou nela que quase caiu mas conseguiu pega-la e tomar um gole, apesar do leve tremor de suas mãos.
“Pense assim, pelo menos ela te acha atraente, agora é com você mostrar que também acha isso dela...se bem que linda desse jeito ela deve atrair todos os caras que se aproximam!”
“Esse com certeza deve ser o gole de vinho mais longo da história da humanidade”
pensou Amanda “mas ele tem razão, isso lá é coisa que se diga assim na lata pro rapaz! Se duvidar agora ele ta pensando em um jeito de me dispensar...parabéns senhorita Amanda, estragaste tudo!”
Arthur voltou a colocar a taça, agora vazia, na mesinha e aproveitando desse momento em que ela não podia ver seu rosto disse:
-- Bem...você também é o tipo de garota que eu gosto...quer dizer...não que eu me sinta atraído por você só porque você é linda, e isso com certeza você é, mas você também tem um jeito que...que...
-- Que?
-- Que é irresistível. Amanda, com licença – Dizendo isso Arthur se inclinou e a beijou.
Um beijo leve a principio, só o toque dos lábios inicialmente, mas quando a língua dela encostou na dele foi como um pequeno choque elétrico e Arthur a puxou para mais perto de si, entrelaçando os dedos nos cabelos dela e aprofundando o beijo.
Para Amanda aquilo ainda era um pouco irreal, ela se sentia extremamente atraída por ele há meses, mas nunca imaginara que era recíproco e mesmo quando Arthur sugeriu que eles se encontrassem ela não imaginou que eles pudessem acabar se beijando e nem que o beijo dele fosse tão bom, ela podia sentir a maciez dos cabelos dele, a barba levemente áspera, o cheiro amadeirado do perfume e as mãos que a puxavam de encontro a ele de maneira firme.
Nesse momento a campainha toca, uma, duas, três vezes, até que eles escutem. Soltando-a relutantemente Arthur vai abrir a porta, pega a pasta com os documentos que precisa assinar e dispensa o motorista.
Fecha a porta e lentamente volta para o sofá, deixa a pasta em cima da mesinha e olha para Amanda que sorri encabulada e diz:
-- Licença para isso você pode ter certeza que tem.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Capitulo 1

Arthur entrou na sala meio escura onde a música tocava em alto volume, logo notou no centro da sala uma menina que dançava de olhos fechados, sem se importar com ninguém que a rodeava.
“Só pode ser ela” pensou consigo e decidiu esperar a música terminar antes de ir até ela, ficou observando-a, a maneira graciosa como ela se movia ao som da guitarra, o movimento dos cabelos ondulados, a forma como a leve luz se refletia em seu sorriso.
Os acordes da música se tornavam mais baixos, anunciando seu fim, ele se aproximou vagarosamente dela e no exato momento em que a música terminou ele estava a seu lado. Sabia que agora a atenção que ela chamava também estava sobre si, mas não se importou.
Amanda abriu os olhos com o final da música e deu de cara com aquele rapaz parado ali a sua frente, sem se mover, como se não tivesse dançado, mas agora era justamente o intervalo de segundos entre uma música e outra e ele podia simplesmente ter parado um segundo antes dela, não era necessariamente o rapaz que ela esperava, ou era?
Ele a encarava sério, sem uma palavra simplesmente estendeu a mão para ela que aceitou e foi levando-a para fora da sala, enquanto outra música tocava.
Atravessaram a sala semi escura, passaram pelo corredor iluminado e saíram para um jardim agradável, com arbustos bem podados e bancos espalhados, alguns ocupados por casais levemente bêbados se agarrando. Conduziu-a até um banco vazio e se sentaram em silêncio.
Amanda sorriu olhando para os olhos azuis escuros do rapaz a sua frente.
“Só pode ser ele, se não for então é muita coincidência” ela pensou.
Observando o sorriso e os olhos acinzentados da garota, Arthur teve certeza de que ela era a menina com quem conversara nos últimos meses e com quem marcara o encontro naquela festa, da qual teve que descobrir o endereço de última hora, pois aquele havia sido o desafio que ela lhe propôs, descobrir em qual festa estaria e descobri-la no meio dos convidados.
Podia-se ouvir a música que continuava tocando na sala, Amanda sentia o cheiro do perfume caro dele apesar da distância de mais de um braço, sorrindo ainda e olhando no fundo daqueles olhos azuis escuros ela perguntou em voz baixa:
-- Arthur?
Ele simplesmente acenou com a cabeça concordando. O sorriso dela se aprofundou, mesmo que ainda estivesse insegura, afinal mesmo depois de conversar por meses com ele via internet, sua timidez ainda era grande e o fato dele ter aceito seu desafio e ter conseguido encontra-la só a deixava ainda mais constrangida.
Nesse momento o celular de Arthur vibrou no bolso de sua jaqueta, depois de pedir licença e se levantar ele o atendeu. Amanda continuou sentada, ouvindo a música lenta que agora saía das caixas de som, tentando ignorar o nervosismo que sentia e pensar em algo inteligente ou pelo menos agradável para falar quando Arthur desligasse o telefone.
Arthur se sentia levemente aliviado pelo toque do telefone, nunca fora bom com garotas, aquela era a primeira vez em seus 22 anos de vida que se sentia tão atraído por uma garota, grande parte dessa atração era pela inteligência e humor de Amanda já que aquela era a primeira vez que ele a via.
Amanda observava Arthur de costas, ele mantinha a postura ereta, elegante, falava baixo ao celular então ela não tinha idéia de sobre o que ele falava, sua vontade era levantar daquele banco e sumir o mais rápido possível, uma voz em sua cabeça, a voz da sua parte mais medrosa, quase gritava isso dentro dela, mas não, ela iria se manter firme e ao menos tentar conversar com o rapaz. Nesse momento ele desliga o telefone e volta a se sentar a seu lado, e era impressão sua ou mais perto que antes? Antes que ela pudesse analizar isso Arthur falou e sua voz era exatamente como sua postura, elegante, quase graciosa, mas sem ser afeminada.
-- Aconteceu um pequeno problema e eu preciso resolve-lo imediatamente.
“Ah sim” Amanda pensou “O problema é que eu não sou nada daquilo que você imaginava e agora precisa dar no pé imediatamente” mas respondeu o mais educadamente possível:
-- Tudo bem – e sorriu levemente.
-- Mas Amanda...
-- Sim?
-- Eu gostaria que você fosse comigo, não é nada demorado nem muito complicado, só algumas assinaturas um pouco urgentes e...e bem, nós demoramos tanto para conseguirmos nos encontrar, mas...mas se você não quiser ir tudo bem, você deve estar com seus amigos aqui e eu não quero estragar sua festa é só que...só que eu queria conversar com você, pessoalmente sabe...mas se você não quiser tudo bem...
Arthur estava começando a se irritar consigo mesmo, nunca gaguejara antes e em sua primeira conversa com Amanda não conseguia parar de gaguejar, essa atitude não se parecia em nada com ele, mas para sua surpresa Amanda sorriu feliz e respondeu:
-- Eu vim sozinha e a festa nem estava tão boa assim, não me incomodo em ir com você.
-- Certeza? Você parecia estar se divertindo tanto quando eu cheguei...
Arthur pensou logo em seguida “Ok idiota, agora parece que você não quer a companhia dela e estava perguntando só por educação! Conserte isso agora!”, mas antes de conseguir articular mais alguma frase Amanda respondeu
-- Eu vim mais para ver se você ia me encontrar mesmo e achei que ficar parada num canto iria só facilitar sua vida – Amanda riu ao mesmo tempo em que pensava “Isso garota, mais uma frase como essa e você pode se colocar em uma bandeja pra ele, com um belo laço!”
Arthur então ofereceu a mão novamente a ela e juntos foram andando até o carro que os esperava na calçada, um Mercedes preto de vidros escuros. Ele abriu a porta do carro pra ela que já se perguntava se sua sanidade mental estava intacta, afinal estava entrando no carro de um rapaz que só conhecia pela internet, mas havia em Arthur algo que lhe inspirava confiança, mesmo sabendo que jamais deveria contar para a mãe o que estava fazendo, sob o risco de vê-la ter um ataque histérico.
Sentada no banco de trás do carro Amanda logo percebeu que Arthur era realmente rico, não apenas o carro era importado, com bancos de couro extremamente confortáveis, como não era Arthur quem dirigia, ele tinha um motorista particular! Algumas pessoas podem achar isso normal, mas para alguém que vinha de uma família simples e que só conseguira juntar algum dinheiro porque tivera boas idéias, aquilo era algo um pouco fora da realidade para Amanda.
Aqui vale a pena contar um pouco sobre a vida de nossa personagem: Amanda. A filha mais nova de três irmãos, segunda menina, entrou para a faculdade aos 17, um ano após desenvolver, um pouco por acaso, um pouco por curiosidade e com a ajuda do irmão formado em química, um tecido de camuflagem que quando usado impedia que o calor do corpo ou do objeto sob ele fosse detectado, a patente fora registrada em seu nome, mas ela vendeu o invento para os militares, num contrato que garantia uma soma obscena de dinheiro para a conta dela e a passagem da patente para eles, com a garantia de que ela não passaria nenhuma informação sobre o tecido para ninguém durante 5 anos, assim os dois lados ficaram extremamente satisfeitos com o negócio e Amanda pudera melhorar a vida de sua família e a sua própria e hoje, aos 21 morava sozinha em um apartamento espaçoso, numa das regiões mais valorizadas da cidade.
Conhecera Arthur há cinco meses, numa discussão em um fórum da internet sobre a obra de um escritor, os dois defendiam posições contrarias sobre o significado de algumas metáforas desse escritor e a discussão se alastrara da página do fórum para os emails dos dois, até o dia em que Amanda conseguira fazer contato com o escritor e descobrira que tanto sua interpretação,quanto a de Arthur eram incorretas, o que gerou muitas outras conversas, agora num tom muito mais amigável, entre eles. Depois de meses de conversa eles haviam marcado o encontro e, como Arthur gabava-se de suas capacidades investigativas, Amanda o desafiara e agora eles estavam ali, no carro dele. Ela já sabia que ele era rica, muito rico, ou melhor, que a família dele era rica, mas honestamente não imaginava que era tanto assim.
Com o carro já em movimento, depois de Arthur ter dito para o motorista leva-los para sua casa, Amanda observava a paisagem repassando mentalmente suas conversas com ele, tentando encontrar algo sobre o que falar naquele momento, enquanto isso Arthur a observava, tentando absorver cada detalhe, a pele quase translúcida, o cabelo castanho escuro caindo em ondas pelos ombros, a boca bem desenhada, a curva delicada do pescoço, a blusa preta com um discreto decote que salientava os seios fartos, a calça jeans azul escura não muito justa, a jaqueta jeans no mesmo tom, as pulseiras de prata e o cordão com um pingente pequeno de cristal em forma de coração, o perfume leve, não muito adocicado, ainda estava um pouco atordoado com a tentativa de reter os detalhes da garota ao seu lado quando percebeu que ela falara alguma coisa.
-- Desculpe, o que você disse?
-- Perguntei se você demorou muito para descobrir onde eu estaria – Amanda repetiu com um sorriso.
-- Um pouco, na verdade eu simplesmente verifiquei as listas das festas grandes e como não a encontrei em nenhuma delas procurei quais as festas pequenas nas quais você iria, ou seja, aquelas em que a música predominante fosse rock – Arthur respondeu sorrindo pois sabia dos gostos musicais de Amanda – por sorte te encontrei na segunda festa em que fui.
-- Parabéns então, mas nem combinamos o que você ganharia caso conseguisse me encontrar.
-- Ganhei o prazer de ganhar de você – ele respondeu sorrindo mais ainda.
Amanda riu e concordou com a cabeça, aquilo era esperado dele, ganhar pelo simples prazer de ganhar.
(Fim do capitulo 1)


Ou pelo menos da primeira parte do Capitulo 1, comecei a escrever isso do nada agora a noite, a historia veio vindo sem eu nem entender e sinceramente nem sei como e se vai continuar.
Postando ela aqui mais por postar e pra pedir opinião de Gui do q pra qqr outra coisa =P