sábado, 20 de dezembro de 2008

Amor...


Essa é a Tati, a nova habitante, tanto da casa, quanto do meu coração.
Tudo começou há um certo tempo, quando uma vizinha mau-caráter jogou sua cadelinha no cio pra rua, a cadela cruzou com sei lá eu quanto cachorros, engravidou, pariu e os filhotes foram distribuídos por aí. Depois disso sempre víamos essa cadelinha na rua, seu nome, Babi.
Um dia, minha irmã, cansada de ver a Babi jogada na rua, com fome e frio colocou-a pra dentro de seu portão (ela mora aqui pertinho de casa) e começou a cuidar da Babi, até vacina anti-cio deu pra cadelinha, que a essa altura já tinha por hábito ir pra rua e voltar pouco depois.
Acontece que, por obra de alguém (eu desconfio dos dedinhos de São Francisco de Assis nisso tudo) a Babi acabou engravidando. Notamos que ela estava mais roliça, mas achamos que era devido a sua melhor alimentação, até que na manhã do dia 3 de Novembro desse ano vimos que ela estava com cinco filhotes.
Cinco coisinhas pretinhas, fofinhas e gostosas. Advinha quem então foi lá tira-los da árvore onde estavam e coloca-los numa caixinha junto com a mãe pq ia chover? Sim, eu mesma. Nesse mesmo dia comecei a campanha aqui em casa para poder adotar um dos filhotes, até que, com a ajuda inestimável de meu papai, consegui a permissão pra poder adotar um filhote, desde que fosse fêmea (são 3 fêmeas e 2 machos).
Então lá fui eu e escolhi uma, mas quis o destino (na verdade o já citado São Francisco) que eu acabasse apaixonada por outra, a menor de todas, muito espoleta e fofinha, com carinha de rotweiller e que também apaixonou-se por mim, ou seja, é um caso de amor incurável.
Dia 17 eu a trouxe pra casa, levei pra vacinar, comprei ração e casinha e, desde então, ela tem sido a criaturinha que mais me toma tempo, seja porque faz sujeira no lugar errado, seja porque causa ciúmes nas minhas outras meninas. De qualquer forma eu esqueço de tudo (até das mordidas doloridas que ela me dá nas brincadeiras)quando ela me olha assim, com essa cara de vira-latas abandonada, ou quando sinto esse cheirinho de filhotinho, que já impregnou nas minhas roupas e nas minhas mãos.
O melhor é saber que o amor que temos uma pela outra é desinteressado, que eu a amaria de qualquer forma, mesmo se ela tivesse um pedigree atestado, ou se fosse um filhote de pitbull.
É por isso que eu concordo com o lema da (marca de ração) Pedigree:
"Adotar é tudo de bom"

Nova mania, ou seria vício?



Senhoras e senhores,
eis minha pequena nova coleção: esmaltes!
Em cima os da Colorama: Framboesa, Cereja, Black, Extra Brilho, Ameixa, Glamour Pink, Marinho e Vinho Reserva.
Em baixo o único da Impala e os da Risqué: Magia, Gabriela, Renda, Escarlate, Carmen, Rebu, Verde Esmeralda e Marrocos.
As fotos não fazem justiça as verdadeira cores pq foram tiradas com o celular e a luz aqui da sala é péssima, o único lugar com luz decente aqui em casa é o banheiro, mas não vou ficar exibindo-o aqui né? Depois eu pego a camera com Othon e tiro fotos decentes.

Pq chamei isso de novo vício? Pq só essa semana foram 10 novos esmaltes, o potinho onde eu guardava meus amados vidrinhos não os comporta mais, estou em dúvida se vou coloca-los numa necessáire ou arrumar uma maletinha onde possa guardar também a acetona (que tem q ficar de pé pra não vazar inteira).

Enquanto isso minha vida segue mais colorida, principalmente depois desse Glamour Pink e do Verde Esmeralda.
Ah! Esse Magia, da Impala é um rosa, numa rara concessão aos gostos de Othon, só pra poder dizer q tento agrada-lo as vezes rsrs

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Feliz Aniversário!


Porque hoje é aniversário de um grande amigo, o Felipe.
Uma amizade daquelas que aconteceriam, nós dois querendo ou não. O conheci ano passado, quando ainda dava aula na barca furada quer era o MSU Aricanduva, conversamos só uma vez, por cerca de uma hora, mas falamos tanto e sobre coisas tão pessoais que quando ele me falou que ia prestar história no final do ano eu fiquei cruzando os dedos pra ele passar.
Depois disso perdemos contato, ele parou de dar aula de biologia porque queria se dedicar a apenas estudar e em novembro eu também caí fora.
Quando a lista de aprovados da Fuvest 2008 saiu lá fui eu olhar pra ver se algum Felipe havia passado, para minha surpresa havia sim, ou melhor, haviam e eram três. Lembrei que ele me disse que era filho de portugueses (aha! por isso da bandeira né? é, e também pq eu não tenho foto dele ¬¬) e fui lá procurar qual sobrenome me parecia mais português, até tinha um, mas era um rapaz que tinha orkut (sim, creiam, o Felipe não tem orkut) e nem de longe parecia com o rapaz que eu conhecia.
Esperei até as aulas começarem e na aula de Ibérica I (pq eu reprovei no meu primeiro semestre hehe) lá estava um rapaz que parecia com o Felipe que eu conheci, mas foi só na semana seguinte que eu fui até ele cumprimenta-lo e descobri que ele era sim o Felipe que eu conhecia.
Daí pra frente foram muitas conversas, algumas cervejas, inúmeras caronas e incontáveis bilhetes durante seminários. Nesse semestre não estamos fazendo nenhuma matéria juntos, o que dificulta o contato, mas ainda assim a amizade permanece a mesma e meus desejos de felicidade são os mais sinceros.
As propostas de assassinar a ex e amarrar uma amiga minha nele também huahuahua

Enfim:
Feliz Aniversário Felipe!

P.S: Quando eu mudar pro CRUSP vou cobrar a festa de inauguração viu? Pode deixar que eu chamo todas as minhas amigas bonitas! hehehe

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mamma Mia!



Um dos únicos filmes que, desde o instante em que fiquei sabendo que realmente ia acontecer, fiquei me roendo de vontade de ver.
Primeiro porque ABBA é uma das poucas bandas que conseguem misturar com sucesso, letras de dor de cotovelo, com uma batida que te da vontade de sair dançando por aí. Óbvio que eles tem as músicas que além da letra dor de cotovelo, tem a batida assim também, mas isso não apaga o brilhantismo das músicas animadas mas que falam de um amor que não deu certo.
Meus pais gostam deles e, com isso, eu cresci ouvindo ABBA, o que já bastaria para me fazer ter um grande carinho pela banda, mas além disso, foi também uma música do ABBA que eu sempre acabava ouvindo, por acaso, antes das provas da Fuvest. Era batata, se eu ligasse o rádio antes de fazer a prova ia tocar "Dancing Queen" e bem...eu passei, então acho que essa música acabou me dando sorte né?
Segundo porque eu adoro a Meryl Streep e terceiro porque era bem difícil imaginar que o filme seria ruim tendo a história que parecia ter, onde se misturavam humor, amizade, amor e Grécia.
Enfim...o filme é lindo, Othon detestou, mas isso é pq ele é um bobão que não entendeu nem metade do senso de amizade presente no filme (o bom dele não ter esse endereço é poder escrever isso sem que ele me esgane depois heheh).
Esse é um dos dois únicos filmes que eu assisti em 2008 e que pretendo comprar o dvd (o outro foi Shine a Light dos Stones) e, portanto já vou guardar direitinho meu dinheiro embaixo do colchão, onde ele tá rendendo mais do que no banco ¬¬

domingo, 7 de setembro de 2008

Tropeços e acertos

É tão bom conversar e perceber que as minhas inseguranças eram tão bestas quanto as dele, que no final, se mostraram quase iguais as minhas.
Tudo fruto da falta de conversa sobre assuntos mais delicados.
É como eu sempre digo, ainda não temos experiência nesse negócio de namoro, temos muito o que aprender, mas o melhor é olhar pro lado e ver que ele realmente está ali, pronto pra aprender o que for necessário pra darmos certo, pronto pra me estender a mão se eu achar que a próxima barreira é alta demais pro meu pouco mais de um metro e meio.
Sabemos que nossa situação é como um início de namoro, mas com grandes vantagens, pois ao mesmo tempo que temos toda a paixão e vontade de estarmos o tempo inteiro juntos que caracterizam tão bem um casal recém - apaixonado, temos também toda uma intimidade e cumplicidade que só o tempo nos trouxe. É arriscado fazer planos a longo prazo numa situação dessas? É sim, e nós dois sabemos disso, mas tudo bem, vamos dando um passo de cada vez, com calma e de mãos dadas.

P.S: Quanto aos invejosos...bem, temos pimenteiras, arruda, sal grosso, espelhos e alho =)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pequenas mudanças...ou tentativas!

Template novo, mudei já tem algumas semanas, precisava sair daquele marasmo rosa =P

Pena que algumas coisas não mudam tão facilmente, ainda fico magoada com pequenos descuidos na hora de me passar uma informação delicada. Definitivamente, pessoas bêbadas devem ser mantidas longe de celulares.
Pelo menos ainda tenho essa voz que fica aqui perto de mim o tempo todo e que me lembra que eu sou uma garota legal, que se eu não fosse alguém tão especial quanto sou, não teria os amigos maravilhosos que eu tenho, não receberia os abraços que recebo e não daria as risadas que eu dou...mas ainda assim tem coisas difíceis de se aguentar...
É como eu sempre me digo "Quem quer sinceridade, tem que estar preparado pra se machucar de vez em quando", mas é aquilo, tem coisas que são facílimas de se falar e bem difíceis de se colocar em prática.

Juro que tem horas em que eu dou graças aos céus por quase ninguém conhecer esse blog, assim pelo menos eu posso desabafar tranquila (até pq Gui já conhece tantas facetas minhas q eu nem me preocupo mais hehe).
O importante mesmo nisso tudo é que estou de folga e vou passar a semana que vem inteira em casa, ajudando minha mãe em casa, curtindo meu sobrinho e, principal, vou ver meu ditchan, ô saudade enorme viu?!

Depois volto aqui e atualizo com as novidades sobre o estágio, mas pra isso quero usar uma foto que ainda está no meu celular...

Ouvindo: Temporal - Pitty

Conclusão

E as malas foram feitas quando eu nem estava aqui.
Assim terminou, sem despedida, mas sem mágoas (acho), simplesmente ela seguiu seu rumo, como tudo e as coisas se encaminharam de um modo bem tranquilo até.
Ainda acho estranho pensar que agora somos apenas 4 nessa casa, mas acho que logo me acostumo.

Novos problemas surgiram, mas nada que não seja superável, também não adianta ficar gastando energia tentando resolver problemas que só vão ter que ser realmente encarados daqui alguns meses.
Mesmo sabendo disso, já tento criar saídas, pra não ficar tudo apertado de última hora.

Espero que dê tudo certo, tanto para nós que ficamos aqui, quanto para ela, que foi voar em outros ares.
Boa sorte Paula!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Controle

Sabe quando parece que, se você não gritar, o mundo acaba de vez?
Quando sua única opção é soltar as mãos e se deixar levar pelo redemoinho de acontecimentos?
Pois é, estou nessa agora.

O mais incrível é que, dessa vez, eu me controlei e não gritei com ninguém, mas ainda assim as coisas estão ruins.
Ainda assim a pessoa me olha feio e age como se eu a tivesse agredido, fisica ou moralmente. Justamente quando eu mais me contive e quando eu mais quero que a situação não piore.
Acho que, pelo menos nessa nova parte da história, estou sem culpa nenhuma.
Não alfinetei e não retruquei alfinetada, não reclamei pra outras pessoas sobre frieza/estupidez dela. Acho que o melhor nesse momento é respirar fundo e segurar a barra com a mesma calma que tenho levado a história toda até agora.
Não é nada fácil pra mim, tenho vontade de jogar logo uma bomba e ver tudo estourar de vez, pra reconstruir aos poucos tudo o que tiver que ser reconstruído, mas acho que, de alguma maneira estranha, amadureci e agora vejo que não pode ser sempre assim.
Por mais que meus instintos me digam que pra construir direito é preciso destruir algumas coisas, sei que se fizer isso nessa situação não vai ser bom, porque afeta pessoas que não precisam ser afetadas.
De qualquer forma, ela já disse que está procurando mesmo outro lugar.
Que vá com as minhas bençãos e seja muito feliz, perto de pessoas que tolerem atitudes que eu não tolero e que não tenham essa minha mania de ser sincera demais sobre o que penso e sinto.

domingo, 17 de agosto de 2008

Insólito

www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080816/not_imp224871,0.php

Ok ok, sei que ninguém vai ler essa notícia, alguns por vir do "Estadão", outros por pura falta de vontade, então explico aqui o que diabos é ela e pq coloquei o link aqui.
Antes de ser uma notícia, essa é uma coluna, do meu escritor favorito, Marcelo Rubens Paiva (os livros desse cara influenciaram minha adolescência, desde antes de eu ser adolescente rsrs). Basicamente ele fala, nessa crônica, sobre taxis adaptados para cadeirantes e, no final faz um questionamento crucial:
"O problema é quem fiscalizará o serviço por aqui. Há muitos interesses em jogo. E o senhor sabe muito bem: quem mais emperra as iniciativas para o bem comum são grupos estabelecidos dentro da própria Prefeitura. Uma licença de táxi em São Paulo custa em média R$ 80 mil; do ponto de Congonhas, custa R$ 250 mil. A iniciativa é para servir a taxistas ou cadeirantes?"
Antes disso ele comenta que a SMT (Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo) deu uma "boicotada" nos ônibus adaptados para cadeirantes, que já vem com piso central rebaixado.
Confesso que já ofendi muito a mãe de quem projetou esses ônibus, pq sou estabanada e várias vezes eu levei quase tombos neles, principalmente com malas pesadas, mas entendo a importância e a praticidade desse ônibus, onde ao invés de uma plataforma meio complicada de operar, simplesmente o cobrador abaixa manualmente uma rampinha pro cadeirante entrar no ônibus.
Pensando nisso foi que eu me toquei de algumas coisas estranhas sobre a minha cidade [Jacareí], aqui desde 2004 (se não me falha a memória) temos ônibus adaptados para cadeirantes, mas era somente numa linha, a do meu bairro, que graças aos céus, cruza a cidade, somente ano passado eles ampliaram a utilização desses ônibus pra mais três ou quatro linhas, mas aqui é o único lugar do universo em que, mesmo se o ônibus estiver tão lotado que o pessoal está saindo pela janela, ninguém abre a porta de cadeirante (que fica no meio do veículo) pro passageiro descer.
Ano passado a empresa que liga Jacareí a São José dos Campos implantou ônibus adaptados também, o que já não era sem tempo! Neles, sempre que é necessário, o motorista abre a porta do meio [por onde os cadeirantes entram e saem] para qqr passageiro. Dentro de São José também tem alguns ônibus adaptados e os motoristas também abrem a porta do meio qd necessário.
Lá em São Paulo é mega comum abrir a porta de cadeirante, na verdade, em alguns ônibus (principalmente esse da rampinha) ela é a única existente. Na USP, os circulares adaptados abrem todas as portas (isso se o motorista parar pra vc entrar hehe)
Agora alguém pode me explicar pq maldito motivo aqui isso não acontece???
Também, do que é que eu tô reclamando? Essa cidade é tão boa que até o prefeito mora na cidade vizinha ¬¬* [sério mesmo]

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Um simples tchau

Dia 23 um grande amigo vai viajar, não é coisa de 3 dias ou algumas semanas, serão anos fora. Um doutorado pra ser mais específica.
Aqui comigo vai ficar uma saudade brutal.
Ele é uma daquelas pessoas de quem eu sempre me lembro quando alguma coisa legal acontece, porque eu preciso contar as coisas legais pra ele.
Ele faz meu coração bater mais rápido quando eu abro o MSN e vejo ele ali. Muitas vezes, mesmo quando aquele ícone está verdinho, sem marcas, quase pedindo para receber um duplo clique, eu não faço e nem falo nada, apenas contemplo, geralmente porque não tenho algo legal para contar, então prefiro ficar quieta a falar das coisas não legais.
Vai demorar um bocado para revê-lo e eu até gostaria de um "Bota Fora II - A Missão", mas sei que ele é tão atencioso com todos que fez o Bota Fora meio longe da data de partida para que nós, que estudamos meio (alguns muito) longe, pudéssemos participar.
Por mim eu o manteria juntinho, pra poder abraçar trocentas vezes, mas sei que você está indo conquistar mais um pedaço do seu sonho, do seu destino, por isso te abençôo, meu querido amigo.

"Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
que os Senhores te guardem nas palmas de Suas mãos"


Boa Viagem Pinguim Feliz, vou sentir saudades!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O céu é azul, mesmo quando chove

E no final das contas, de tanto nervosismo e gastrite atacando, consegui chegar no museu tranquilamente.
O estágio é legal, as pessoas são legais e, honestamente, ali parada, com o museu as minhas costas e olhando os jardins e o monumento a independência ali na frente, aquele sol paulistano da tarde e um ventinho gostoso pra amenizar, senti os olhos encherem de lágrimas e só pensava uma coisa "consegui".
Venci mais uma etapa pra conquistar meus sonhos, pensei que um estágio no Museu Paulista seria impossível, que atuar na minha área favorita da história era um mero devaneio, mas não, eu consegui.
Ano passado me superei pra vencer dificuldades que a menina de dois anos atrás achava impossíveis. Contei centavinhos pra passagem de ônibus, qd só dava pra pagar ela ou então passar fome o final de semana inteiro (por falta de bandejão), chorei de saudades de casa, dos amigos e do namorado, falei pra mim mesma que era melhor desistir, pra depois levantar a cabeça e seguir em frente. Bati de frente com guardinhas e porteiros da faculdade, briguei com assistente social e preenchi fichas e mais fichas pra levar porta na cara no final delas.
Agora, bom, ainda tenho grandes desafios, entre eles lidar cotidianamente com pessoas bem diferentes de mim (as meninas aqui da república) e com um relacionamento que se torna cada dia mais sério (e por isso mesmo mais assustador), mas agora estou mais calma, já consigo respirar fundo e não falar que vou desistir quando as coisas apertam. Ainda conto os centavos pra pegar ônibus e ir pra casa, ou recarregar o bilhete único, mas pelo menos a partir desse mês, vou contar os centavos que eu mesma estou ganhando, não posso dizer q com meu suor (se bem q em ônibus lotado...), mas pelo menos com a minha massa encefálica e numa coisa que eu amo.

E olhando hoje pra tudo o que eu fiz ano passado, desde as coisas boas até as cagadas master, vejo que só posso agradecer, por um novo relacionamento com meus pais, por um namorado que é um mega companheiro e por amigos que (perto ou longe) me incentivaram a conseguir sempre mais.

P.S: Qt a Sta Rita...bom, isso fica pra outro post q esse aqui já ta comprido demais!


quinta-feira, 31 de julho de 2008

A mil por hora

Semana complicadinha mas muito gostosa!
Alguns medos que preferi não compartilhar com namorado, mas que no final deu tudo certo, Graças aos Deuses!!!
Ter que vir pra São Paulo ontem, num calor do caramba, mas ainda assim foi bom, de frio, basta Sta Rita! Que por falar nela, tenho que contar como foi né? Dias inesquecíveis e não contei pra ninguém exatamente como foi...muito estranho isso vindo de minha pqnina pessoa!
Mas voltando a mini-odisséia de ontem, foi engraçado, descer no Tietê, recarregar o bilhete único (abençoada sptrans que liberou algumas cotas pra Julho, senão eu morria em sei lá qts reais, com certeza mto mais do q podia gastar) e pegar o "bendito" 107T - Jaçana/Cidade Universitária, quem conhece sabe, esse ônibus é uma loteria, ele vai pela Rua Augusta, então tem dias e horários em que ele é uma belezinha, chega-se na Cidade Universitária rapidinho, mas tem dias...eu já jurei que ia morrer de velhice num desses ônibus, qd aquela Augusta para, pqp, parece que o mundo inteiro parou junto!
Mas voltando (eu divago tanto...), descer na Ipiranga, pegar o primeiro ônibus que passasse pela Consolação e lá pegar um ônibus que viesse aqui pra casa (integração do bilhete único é a melhor coisa hehe), daí vai a Tamy, com a pqna mala com todas suas roupas e para um Pq Continental, pq falaram que esse ônibus para aqui perto, sorte q eu perguntei pro cobrador e descobri que existe mais de um Pq Continental e q só um para aqui, felizmente dps disso eu peguei o ônibus certo, quase levando um estabaco pra entrar nele hehe
Depois lá me fui, pra USP, querida e amada, andar feito uma camela, do banco pra reitoria (aliás, aqui vale dizer uma coisa, não tem essa de q o povo q trabalha na reitoria é mal educado não! Todo mundo foi super gentil e atencioso comigo, me orientando como chegar na pro-reitoria q eu procurava, mas isso pq eu fui gentil com todos, é aquela velha regrinha que minha bisavó já anunciava "respeito gera respeito!", de lá me encaminharam pra Administração da FFLCH (minha unidade) e quem disse q eu sabia onde ficava? Huahuahua deve ter sido hilário me ver caminhando com cara de perdida procurando a bendita, sorte que eu encontrei um guardinha, q tava mais perdido q eu, mas que me ajudou a lembrar que a FAU era na rua acima da qual eu tava...sorte tbm q eu reconheci uma escadaria que vai dar na Química e não subi, pq num primeiro momento até pensei q fosse dar na Administração!
Depois disso tudo finalmente fiquei livre pra voltar aqui pra casa, um bagacinho, mas voltei hehe
E agora, lá me vou, enfrentar um transito caótico pra ir até o Museu Paulista (ou Museu do Ipiranga pros não íntimos), onde eu nunca coloquei os pés, mas onde arrumei um estágio (acho q por má divulgação do programa, pq honestamente, meu currículo é péssimo hehe).
Se alguém ler isso, torça por mim, agora se for mais de 14hs do dia 31/07/2008, aguarde o próximo capítulo, contando como foi a apresentação e o treinamento inicial ;)

sábado, 19 de julho de 2008

Tem coisa que é só comigo mesmo...

Tem gente que consegue me fazer sentir uma total idiota.
Eu nem conheço de verdade a pessoa, tenho um bom motivo pra detesta-la e mesmo assim sempre que penso nela desejo tudo de bom, coloco todos os meus pensamentos positivos na direção dessa pessoa, mesmo ela cobiçando quem eu amo, tudo isso pra quê?
Pra ler merda e mais merda. Pra descobrir que essa pessoa me detesta, não vai com a minha cara, mesmo sem motivo.
Tem horas em que eu realmente amaldiçoo esse meu lado bruxa e tudo o que vem com ele, inclusive essa determinação de só desejar o bem pras pessoas...mas a Deusa é generosa e tudo o que eu desejo vai voltar, além do que, raiva envelhece e amarga o coração!
Mas que eu tô me sentindo uma pateta, ah isso eu tô!

Ouvindo: Underneath Your Clothes - Shakira

terça-feira, 1 de julho de 2008

Um Conto de Samhain

Samhain já passou, mas esse conto é tão lindo que não posso deixar de posta-lo =)

Um Conto de Samhain
Autor: desconhecido

Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos.
Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.
"Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?"
As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.
"Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso.
O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.
Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta. Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.
Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura.Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse.
Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareçam...meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo. Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para observar seu reflexo.
Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia. Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo.Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele alevantou apontada para seu peito os tambores cessaram.
Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso...aqueles segundos duraram milênios.
O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.
Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor, apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.
Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.
E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e pausado...talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.

"Hoof and Horn, Hoof and Horn
All that Dies Shall be Reborn.
Corn and Grain, Corn and Grain
All that Falls Shall Rise Again."


O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer.
Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam."
Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.
"É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura. Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não seria espalhada.
Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual."
Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico..."Hoof and Horn, Hoof and Horn..."
E Lyla caminhou para a Casa Grande.

Fonte: Santuário das Trevas


terça-feira, 17 de junho de 2008

Descarrego pra não explodir rsrs

Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo...situações que eu não posso controlar, fico me repetindo isso todos os dias, que certas situações eu não posso controlar e que preciso entender isso de uma vez por todas pra não tentar ficar doida.
Afinal, se eu pudesse controlar mais as coisas, teria mais tempo com Othon e, ao mesmo tempo, mais tempo para estudar direito, reduziria meu tempo no trânsito e aumentaria meu tempo de sono decente.

Cansada das coisas dando errado, mas, pensando em tudo que minha mãe sempre me disse, até em certas coisas que ela disse há menos de um ano, será que está certo insistir em certos pontos? Tem coisas que simplesmente não são pra ser e então, pq não ficar quietinha onde estou tão bem? Ok ok, tem conflitos, neuroses e algumas desorganizações que me incomodam, mas será que não é o melhor pra mim? Pelo menos tenho uma certa privacidade e um canto quente pra estudar de madrugada, além disso não vai ter ninguém reparando se comprei ou não uma caixa de chocolates, só pra desestressar (mesmo isso me fazendo ter malabarismos com o restinho do dinheiro hehe), ninguém vai reparar se eu ficar meia hora a mais que o normal no banho e, principalmente, ninguém vai dar festas que vão até as 5 da manhã, me impedindo de dormir direito e tendo que aguentar gente totalmente embrigada pelos corredores na manhã seguinte.
É, talvez o melhor seja colocar o que ganhei no bolso e ficar onde estou, mesmo que seja tremendamente desgastante depender economicamente de outras pessoas, por mais que eu as ame.

Agora é melhor eu voltar pra economia cubana do século XVIII, senão ferro com mais um semestre naquela faculdade!


Ah! Meu presente de dia dos namorados, perfeito, como eu já disse, sorte minha ter um namorado que sabe que eu gosto de sentimentalidades ^^

quinta-feira, 12 de junho de 2008

É cada uma que aparece...

Estava eu, tranquilamente lendo a crônica do Marcelo Rubens Paiva do último sábado (7/6) no Estadão, resolvi então abrir a página inicial para ver as notícias de hoje, lá encontro um link sobre duas adolescentes, uma de 15 e outra de 16 anos, aqui de São Paulo que tinham desaparecido na quinta e foram encontradas ontem a noite no interior de Santa Catarina.
Fui ler a matéria e, no final, me deparo com essa declaração da mãe de uma delas, a de 16 anos:
"Vamos conversar bastante quando ela chegar, bastante mesmo (...) Acho que ela fugiu porque achava o colégio muito opressivo, queria mudar de lá. Também acho que a Giovanna incentivou ela a fugir, não tem outra explicação. Acho que essa história deu muito pano para manga para ser discutido, muito assunto em pauta. Os pais não sabem o que os filhos pensam, não existe comunicação dentro da família, até que acontece algo como isso. Não vou colocá-la de castigo, isso não, mas vamos ter que conversar."

Leram a parte que eu grifei? Ok, agora me digam, é ou não absurdo?
Porque, das duas uma, ou ela considera a filha uma pessoa totalmente influênciável e sem personalidade, ou ela considera a filha uma santa que só foi com a amiga para protegê-la!
O final dessa história provavelmente não será divulgado na mídia, mas posso apostar como essa mãe vai afastar sua amada e preciosa filhinha da "amiguinha-má-influência" e muda-la de colégio, afinal ela está num "muito opressivo", mas afinal, o que é um colégio muito opressivo? Bem, como eu saí faz pouco dos meus 16 anos, acho que posso palpitar, provavelmente é um colégio em que ela tem que estudar bastante e não pode namorar, mas afinal, colégio é ou não pra estudar?
Outra coisa, com 16 anos é possível votar, ou seja, escolher quem vai governar sua cidade, quem vai fazer as leis, quem vai governar o país e, em alguns países, já é possível dirigir, será que também não é possível já escolher o que vai fazer da vida? Se vai ou não fugir, se vai ou não fingir que é maior de idade e tentar comprar bebida, se vai ou não usar anticoncepcional, se vai ou não transar e etc etc etc?
Como minha mãe sempre disse "Cada um enxerga o que quer", mas acho que, se a mãe dessa menina continuar enxergando o que está querendo atualmente, um dia vai se surpreender ainda mais com os atos da filha.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Amizade - gratuita e sem outras intenções

Conversas que giram entre namoros que deram errado, meninas neuróticas, solidão, suicídio, depressão, sexo, bebedeiras, Bjork, trilhas sonoras legais, filmes de Clint Eastwood, sexo, pessoas estranhas andando na rua, “vamos atropelar alguém”, provas e trabalhos, falar mal de gente que conhecemos, família e faculdade.
Engraçado, quando o conheci ele era uma pessoa muito mais quieta e estava bem mal, mas ainda assim nossa identificação foi imediata e falamos sobre coisas meio barra pesada, tipo suicídio e auto-flagelação, tudo naturalmente, acho que sacamos logo que ali estava alguém que entenderia tudo o que tínhamos pra dizer. Soube que ele ia prestar vestibular pro curso que eu já estava fazendo, desejei sorte e que dali alguns meses, eu pudesse sujá-lo um pouco de tinta.
Meses se passaram, não tive mais notícias, não peguei e-mail, telefone e só sabia seu primeiro nome, deixei as coisas seguirem. Saiu o resultado do vestibular, tinha uns quatro caras com o mesmo nome e, sem o sobrenome, não consegui descobrir se havia passado ou não, me restou torcer pra encontrá-lo algum dia.
Primeira aula de Ibérica desse ano, vi de longe e não tive certeza, também não veio falar comigo, achei que tinha me enganado.
Segunda aula, tinha que arranjar algum grupo de seminário, não agüentei e fui perguntar se ele era quem eu estava pensando, não só era, como também lembrava de mim. Sentei ao seu lado e logo fui apresentada para um outro rapaz, tão sem grupo quanto nós e, aos poucos, fomos arrecadando gente pro nosso grupo.
Semana seguinte, aula e mais conversas, biblioteca e depois perder a hora da aula conversando no estacionamento, final da história, novamente trazida em casa e no dia seguinte, matar aula pra ir a cervejada com ele e o outro moço tão-sem-grupo-quanto-nós. Risadas e mais risadas e ser deixada na porta de casa depois da meia noite.
Rotina de conversas cada vez maiores, apresentar amigas solteiras pra ele, torcer pra dar certo e consolar quando deu errado, ajudar a achar livros na biblioteca e trocar bilhetes durante os seminários pra espantar o tédio.
Durante as conversas, a sensação de que, ali estava alguém que nos entendia muito bem, que passava por muitos conflitos parecidos, que tinha altos e baixos (profundos), que se apaixonou e sofreu, que estava apaixonada e feliz, que não tinham uma vida perfeita, que muita coisa podia ser melhorada, mas que ainda assim, hoje as coisas eram menos difíceis por contarem com alguém que os entendia daquela maneira.
Se estavam apaixonados? Muito, mas não um pelo outro. O sentimento existente ali era algo ainda muito novo, mas que cheirava a fraternidade pura, daquele tipo que faz você esquecer se o outro ali em frente é ou não do mesmo sexo que você, porque, honestamente, isso não faz diferença, você se identifica com a mente daquela pessoa, não com seus feromônios.
Hoje ele é um rapaz que ri muito mais, tanto que, às vezes, ela tem que mandar ele ficar quieto. Parecem estar menos solitários, provavelmente porque sabem que se a atitude mais drástica for tomada, alguém, ao menos uma pessoa em todo o mundo, vai entendê-los, vai saber o porque disso e não vai ficar julgando se o que foi feito era ou não moralmente certo, porque só quem já carregou, ou carrega esse peso, pode entender o que se faz para se livrar dele.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Humor oscilante mas bom

Engraçado como pequenas coisas mudam mesmo o seu dia, lá estava eu, domingo passado na casa dos meus pais lendo o jornal, no caderno de variedades sempre tem uma coluna do Paulo Coelho e eu, que sempre gostei dele e nunca neguei isso, fui lá ler o que o moço tinha escrito.
Estranhei logo o título, achei que o diagramador do jornal tinha feito bobagem, ou que (finalmente!) eu teria ali a prova de que aquela era uma “coluna pirata”, o título era algo como “Elegância e Postura”, mas não, a coluna não era falsa e nem o diagramador fizera bobagem, o que acontece é que eu, que não lia nada do Paulo Coelho há semanas, tinha esquecido que, muitas vezes, ele utiliza temas banais para falar do espiritual.
Finalmente achei alguém que teve argumentos para me fazer cuidar melhor da minha postura, sempre fui do tipo que anda meio largada e só tomo cuidado quando fico muito tempo na frente do micro, mas isso só dps de diversas vezes experimentar os músculos do pescoço queimando de dor.
Na coluna Paulo Coelho disse que a postura influencia muito em como nos sentimos, que ombros corretamente colocados e testa relaxada produzem melhoras em nosso humor. Apesar de meio metida a bruxinha, sou meio cética com certas coisas, mas resolvi experimentar o que estava ali escrito e estou há dois dias cuidando sempre para que minhas costas estejam mais retas, não ao estilo militar, mas de um jeito que me deixe confortável (só colocando a coluna no lugar, sem forçar a musculatura sabe?) e cuidando também para não andar de testa enrugada.
O resultado?
Meu humor está melhor e estou me irritando menos com o mundo. Um sorriso leve anda pairando nos meus lábios, meio que sem motivo mesmo e, ao que tudo indica, as pessoas tem me tratado melhor!
É, acho que agora poderei dar um descanso para o lado quiropata da minha irmã!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Viva o poder totalitário \o/

Conversando com duas amigas da faculdade, chegamos a conclusão que somos todas totalitaristas, o mundo seria bem melhor se nós o governassemos! Seríamos ótimas ditadoras! Se bem que...três ditadoras? Acho que terei que matar as duas! huahuahua

Bobagens a parte, assisti "Elizabeth - A Era de Ouro" esse final de semana e adorei.
Nem todo mundo sabe, mas adoro a história da Rainha Elizabeth I, tive meu primeiro contato com essa história há uns 10 anos e desde então tomo-a como um modelo. Manteve sua liberdade para poder governar a Inglaterra livremente, impôs sua vontade não permitindo que o Parlamento governasse em seu lugar e tentou manter-se fora de conflitos que prejudicassem seu povo.
Tem gente que adora Maria Antonieta da França, tem gente que acha que D.Maria Leopoldina ou a Princesa Isabel é que são realmente admiráveis, mas não sei pq, sempre preferi a monarquia inglesa =)
O filme deixa um pouco a desejar em fatos históricos, mas não serei eu a dar uma de historiadora chata que quer filmes realistas, pra isso bastam os documentários!
Sei que ver Cate Blanchett novamente como a minha adorada Elizabeth I vale (e muito) o valor do ingresso!

Abaixo, duas imagens do filme, a última é uma das cenas mais lindas do filme, afinal, muito melhor vestir uma armadura e encorajar seus soldados que ficar colocando máscara pra dançar em bailes com o povo e depois ser guilhotinada!



terça-feira, 22 de abril de 2008

Politicagens

Engraçado, faço uma faculdade pública, a FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP) e lá a grande maioria é de esquerda, uma vez já me disseram que apesar de eu me identificar como apolítica e até meio libertária, tenho grandes tendências esquerdistas, mas venho de uma família de direita!
Nunca tinha reparado nisso, até pouco tempo, acho que porque nunca tinha parado para analisar as diferenças de pensamento que tenho com meus pais e minha irmã. Em casa lia-se (que os Deuses nos perdoem) a Veja e a Isto É, meus pais sempre foram contra o PT e qualquer partido de esquerda, assistimos ao Jornal Nacional e meus pais compravam o Estadão, até que ele ficou muito caro e muito pesado pra carregar aos domingos e trocamos pela Folha (huahuahau), até hoje lemos o Vale Paraibano, jornal mega de direita da região. Ainda assim, eis-me aqui, ainda apoiando certas posições de esquerda, mas acho que não posso me considerar assim, de esquerda, nas últimas eleições, ou votei em candidatos da centro-direita, ou anulei o voto.
Desilusão com a esquerda nacional?
Talvez, principalmente porque há oito anos o governo de Jacareí está nas mãos da suposta esquerda, que rezou exatamente pela mesma cartilha que a direita, a única coisa que não fez igual foi a política de manutenção dos pontos de ônibus e outras coisas que nós, pobres, usamos. A direita, pelo menos, tinha a decência de manter tudo em ordem sempre, o atual governo deixa tudo estragado até o ano da eleição, daí eles vão arrumando tudo e eu tenho que escutar pelas ruas as pessoas dizendo "Ah, esse governo é bom, olha só como os pontos de ônibus estão bonitos!", isso pq há dois meses, essas mesmas pessoas juravam de pé junto que nunca mais votariam no atual governo, pela má conservação dos mesmos pontos de ônibus, das praças públicas (que atualmente estão arrumadas graças ao patrocínio de algumas empresas privadas) e dos parques. O pior é que foi exatamente essa situação que eu via ocorrer há quatro anos, quando re-elegemos o prefeito, por pura falta de outro candidato, diga-se de passagem.
É, acho que meus pais precisaram me mandar pra faculdade, onde vejo melhor como os partidos políticos funcionam, desde suas raízes, pra entender pq diabos o José Serra, que foi presidente da UNE, hoje é do PSDB.

P.S: Não, eu não vou me filiar ao PSDB, continuo apolítica e libertária, graças aos Deuses!!!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

breve desabafo de um ser tolo

Odeio carência, não a dos outros, a minha mesma.
Odeio depender de alguém ou de algo.
Odeio esse sentimento de expectativa de algo bom, que de repente vai pelo ralo abaixo.
Odeio ainda mais pq não tenho quem culpar, no final, como já era no início, a culpa é minha mesmo.

Divagações Madrugada a Dentro

Tempos e tempos sem postar aqui.
Limpei dois posts meio sem sentido que ficaram aqui, só deixei o depressivo pq é sempre bom lembrar que isso sempre pode voltar, mesmo que eu não queira.

Faculdade me enlouquecendo. Tem horas que eu tenho vontade de ir até a Seção de Alunos e mandar trancar tudo, colocar as coisas de volta na mala e sumir, mas daí pergunto "Sumir pra onde?" e sossego o facho de novo.
Isso me lembra que desde criança sempre que eu pensava em fugir de casa, desistia em meio segundo porque não tinha pra onde ir, patético isso, eu sei.
Pelo menos aprendi a me refugiar nos livros, na música, no meu autismo, é mais estranho mas pelo menos não estou sujeita a fome, frio, sede, estupro. É, sou a reencarnação da Hiena Hardy =)
Pelo menos a faculdade continua com um lado bom, a cerveja! Engraçado, aprendi a beber aqui, quer dizer, isso já devia estar no meu código genético, mas só foi despertado aqui, sorte que eu ainda não dei vexame, até hoje controlei relativamente bem o que e quanto eu bebo. Ok, ser pobre ajuda, eu bebo menos porque tenho menos dinheiro!

Estou estranha, cada momento meu humor muda um tanto, como disse o Luiz, deve ser falta de abraço.
A família e o namorado que me aguardem, vou sair abraçando todo mundo e quem não abraçar direito provavelmente vai me ver com cara de cachorro abandonado por um tempo absurdo, quem sabe aí me dá um abraço decente?!

Pelo menos já tenho distração (leia-se: abstração se o pau começar a comer lá em casa) pro final de semana, o livro "As Deusas, as Bruxas e a Igreja - Séculos de Perseguição" de Maria Nazareth Alvim de Barros, se for tão bom quanto parece acho melhor já reservar o dinheiro pra comprar na feirinha (de livros) do final do ano!
Por falar em feirinha, tá tendo essa semana, só com editoras universitárias, e eu aqui, sem meio tostão no bolso...quer dizer...eu tenho dois reais, então se eu não comprar pão pro café de sexta, ou não tomar café hoje, ainda dá pra comprar alguma coisa...afff vida de pobre é fogo!
Um dia fico rica e me entrego a uma orgia de compras na Livraria Cultura!!!

Trilha Sonora: O Teatro dos Vampiros - Legião Urbana

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Eu não sou um bom lugar

Estou cansada, muito muito muito cansada.

De representar direitinho meu papel, de tentar ser boa, de tentar sempre sorrir, de ser o porto seguro de tanta gente, das pessoas me considerarem mais forte do que eu sou, de lutar contra tudo o que ainda mora dentro de mim.

Eu já não consigo mais diferenciar direito aquilo que eu realmente quero pra mim, daquilo que as pessoas exigem de mim.

Só queria parar tudo isso, puxar o freio de mão e largar a direção e se bater...bateu e pronto, sem preocupações maiores.

Não quero mais fingir que está tudo bem, não quero mais guardar os segredos de ninguém, meus próprios já são numerosos demais.

Achei que nunca mais ia sentir toda essa dor, esse desespero e essa solidão, mesmo cercada de gente, mas sinto ainda tudo isso, talvez agora de uma forma pior do que antes, porque tenho consciência de ser uma solidão voluntária, porque já provei pra mim mesma que não adianta tentar, dificilmente alguém entende a dimensão que os problemas tem pra mim, mesmo que para os outros, sejam pequenos.

Eu só queria poder desistir, largar mão de tudo isso e parar de seguir em frente, deitar minha cabeça em algum lugar, fechar os olhos e simplesmente deixar tudo passar, quem sabe assim o mundo esquecia que eu existo e, pelo menos, as pessoas que eu amo não se ressentiriam com minha ausência.

É só que eu sou muito mais frágil do que eles pensam, muito mais carente do que eles imaginam e choro muito mais vezes do que eles sabem. O ar falta, as pontadas doem, mas ainda assim eu fico ali, em pé, tentando não cair mesmo sem ter onde me apoiar.

Meu sonhos, eram mesmo meus? Os planos, fui eu quem os traçou ou simplesmente deixei outros fazerem isso sem que eu notasse, por meio de conselhos? Até onde eu fui porque realmente queria e a partir de onde segui só para não ser acusada de covardia por aqueles que não conhecem meus limites? Meu medos, eram meus ou me foram impostos?

Já não sei mais quem realmente sou, eu não era tão amarga, eu não era tão cínica, eu não mentia, nem para poupar aqueles que eu amo, no que foi que eu me transformei?

Cadê minha risada simples? Agora apenas crises histéricas de riso, que simplesmente escondem todos os sentimentos ruins.

Cadê minha vontade de fantasiar histórias? Cadê minha imaginação infantil?

Cadê minha vontade de ficar simplesmente sentada na sombra, olhando o vento brincar com as árvores? Agora apenas ficar trancada, isolada da natureza, olhando paredes estranhas e lendo sobre coisas estéreis.

Onde foram parar minhas canetas e meus papéis? Faz tanto tempo que não desabafo.

Onde se escondeu minha naturalidade e falta de vergonha de chorar? Agora seguro as lágrimas para ninguém ver, nem mesmo eu.

Onde é que eu estou? No que é que me transformei? Ainda tem volta? Ainda tem saída ou eu só vou cair cada vez mais?



Texto do tipo que eu não queria mais escrever quando iniciei o blog, queria algo novo, sensações e vibrações melhores, nem usei o tipo de template sombrio que usava antes, peguei um rosa porque achei que tinha mais haver com meu clima, mas acho que não dá pra fugir do que está dentro de mim. É como eu disse uma vez “Eu sei que não estou curada, só mantenho o monstro sob controle”, mas será que valeu realmente a pena mantê-lo sob todo esse controle por tanto tempo?
Só espero que Othon tenha perdido definitivamente o endereço desse blog.

P.S: O título é o mesmo de uma música dos Titãs, a letra dela não tem muito haver com o texto, mas o título é algo que vive rondando minha mente esses dias...