segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cansaço



Sabe quando o dia é tão corrido que você mal nota ele passar?
Pois então, hoje foi assim.
Eu pisquei em Jacareí e quando reabri os olhos já estava em São Paulo.
Respirei no Tietê e expirei no Ipiranga.
Dei "bom dia" num segundo e dois segundos depois já tive que dizer "tchau".
Nem senti o dia passar. Odeio isso, porque me dá a sensação de que não consegui aproveitar nada, que foi tudo tão efêmero que podia nem ter ocorrido e, além de tudo, dias assim me exaurem, sugam as minhas forças mais do que uma semana inteira bem vivida.

Meu desejo pra essa semana é que ela seja marcante de coisas boas e que essas coisas sejam bem vividas, porque quando isso acontece eu sinto minha bateria interna recarregar e tudo o que eu preciso pra esse final de ano é isso, pilhas novas!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Adeus

Ele veio e sei foi rapidamente, um tempo tão breve que poderia ser descrito como uma brisa.
Ainda não entendo por que, não sei por que tirar a vida de um ser tão pequeno e inocente.
Acredito que tudo tem uma razão e que leis que estão muito além da minha limitada compreensão podem explicar tudo isso, mas essa certeza não me dá a paz que eu gostaria.
Foram menos de 48 horas, mas foram horas marcantes e plenas de alegria e esperança.
Eu sabia que as chances eram quase nulas, eu sabia que estava lutando contra as leis da natureza, mas eu sabia que, se não tentasse estaria lutando contra meus instintos.
Ele era pequenino, tanto que nem preenchia a palma da minha mão, seu coração batia tão rápido que parecia que a qualquer momento iria infartar.
Ele me deu a graça de seu primeiro abrir de olhos e de seus primeiros piados.
Principalmente, me deu o presente incomparável de sua confiança, de se sentir confortável em minhas mãos. Mãos tão humanas e tão diferentes de tudo o que ele conhecera até então.
Não tenho raiva de seus pais por terem colocado ele para fora do ninho, ele era mais fraco e, por essas leis que não entendo, o esforço para cuidar dos filhotes deve ser investido apenas nos mais fortes.
Não me sinto frustrada, porque fiz aquilo que estava ao meu alcance para deixa-lo confortável.
Só sinto uma tristeza profunda ao pensar na saudade que sinto dele, ao lembrar do quão duro foi colocar seu pequenino corpo na terra e dizer "adeus".
Eu realmente queria que ele sobrevivesse, não para poder me orgulhar de ter feito isso, mas para um dia poder vê-lo voar livremente, mas as probabilidades estavam todas contra nós e elas ganharam, infelizmente.
A única coisa boa nisso tudo é que eu sinto que em algum lugar, que com certeza é bem melhor do que aqui, tem uma pequena alma feliz que talvez se lembre de mim e de meu amor.

Adeus pequeno passarinho, eu te amei muito apesar do nosso pouco tempo juntos.

O tempo todo essa sequencia de "Calvin e Haroldo" não saiu da minha cabeça, acho que é a melhor explicação pra tudo o que eu senti e ainda estou sentindo...
(clica que fica maior e melhor para ler)



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

TPM



Por quê? Alguém me explica por que justamente quando estamos na TPM todo mundo resolve testar nossa paciência?
Tô aqui respirando fundo pra não mandar ninguém pro inferno, mas tá difícil viu!
É namorado que esquece que você existe.
Colega de trabalho que resolve te pedir pra refazer as coisas.
É ter que ficar no trabalho até as 17h, mesmo já tendo feito hora extra até dizer chega na semana anterior.
O pior é que justamente hoje o trabalho vai ser corrido depois do almoço, porque todo mundo resolveu usar o auditório e a besta aqui tem que correr pra arrumar tudo, a chefe vai ajudar, mas é aquela coisa, se ela resolver ficar só tomando cafezinho eu nem posso reclamar, porque ela sempre é um amor comigo...nessas horas eu queria conseguir ser bem filha da p*ta mesmo!

Posso ficar trancada numa caverna até semana que vem, sem o risco de assassinar ninguém?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amor



Eu sou monogâmica.
Talvez essa afirmação possa parecer estúpida de tão óbvia, mas o caso é que as pessoas as vezes se surpreendem quando levam em conta que quem diz isso é uma universitária de 23 anos que faz História na USP, afinal, eu devia ser é uma maconheira que quer mais é transar com meio mundo.
Acontece que eu não sou nada disso. Quase não bebo, nunca usei drogas e nem tenho nenhuma vontade de usar um dia e, ainda por cima, sou monogâmica.
Sou monogâmica porque só consigo me envolver com alguém estando apaixonada e só consigo me apaixonar profunda e intensamente e não há espaço, em mim, para estar intensamente apaixonada por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, logo sou naturalmente monogâmica.
O que não significa que eu seja contra a poligamia. Eu sou é a favor do direito de escolha de cada um. Acho que se um casal vive bem em um relacionamento aberto, ótimo pra eles, ninguém tem o direito de apontar o dedo e dizer que eles estão errados, assim como ninguém tem o direito de me dizer que eu tenho a obrigação de topar um relacionamento aberto.
Acontece que eu sou possessiva. Sou mesmo e assumo isso, até porque depois de assumir a possessividade fica bem mais fácil não se deixar levar pelos monstros no nosso armário mental que tentam nos convencer que fulano pode te trair a qualquer momento. Além disso, eu não gosto apenas da sensação de possuir alguém (porque, vamos combinar, possessividade é basicamente isso!), mas também gosto muito da sensação de pertencimento a outro.
Gosto muito, muito mesmo, quando Othon me abraça e diz “Minha!”. Dá um calorzinho gostoso aqui dentro, de saber que quem eu amo me ama da mesma maneira.
E nesse sentido de pertencimento é que eu gosto tanto das nossas alianças. Porque eu as olho não como um símbolo pro resto do mundo (mesmo sabendo que elas também tem essa função), mas como um símbolo nosso, só meu e dele, de que a gente se ama, de que a gente se pertence e que, mesmo fisicamente longe grande parte do tempo, estamos sempre juntos, mesmo que só em pensamento.
Pra mim elas também são um símbolo de que nós dois topamos enfrentar a loucura que é construir essa relação, porque a gente se ama muito, mas também é muito diferente em certos aspectos e, as vezes, quando eu tenho vontade de simplesmente desistir, porque parece que a gente nunca vai dar certo (aqueles cinco minutos em que você sente vontade de abrir a cabeça da pessoa com um machado pra ver se faz aquela idéia entrar ali, sabe?) eu olho pra minha mão, vejo essa aliança e lembro do quanto eu o amo, do quanto a gente já viveu juntos e percebo que, se ele aceitasse todas as minhas idéias malucas ele não seria ele mesmo e eu não o amaria tanto.
Por isso que, pra mim, essa coisa simples, esse círculo feito em prata é tão importante, porque me lembra que eu o amo pelo simples fato de ele ser ele.


Imagem daqui (achei via google): http://liviabvb.blogspot.com/2010/06/alianca.html

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Reflexões


A Noiva do Vento - Oscar Kokoschka

Segunda passada (26/07) fomos assistir a apresentação da Orquestra Sinfônica no Teatro Municipal de SJC.
Eles tocaram a Sinfonia Nº 104 "Londres", de Haydn e o sexteto de cordas "Noite Transfigurada" de Arnold Schöenberg. Durante a execução de "Noite Transfigurada" foi exibida uma animação, no fundo do palco, com a imagem que ilustra esse post.
Eu devo confessar que entendo lhufas de música erudita, apenas percebo o que me agrada, e confesso que a sinfonia de Haydn me arrebatou desde o início, chegando a me deixar com os olhos úmidos.
Enquanto ouvia a música e via os músicos e o maestro (Marcello Stasi) tão arrebatados no exercício de expor aquela obra para o público eu ficava me perguntando como é possível que a humanidade seja capaz de criar uma obra tão bela e, ao mesmo tempo, crie algo tão terrível quanto os campos de concentração?
Que bicho somos nós que nos extasiamos com uma obra de arte, que podemos passar horas e horas olhando as pinturas dos grandes mestres renascentistas, mas fechamos os olhos para a fome e a miséria alheias?
Como é possível que tanta gente possa desperdiçar todos os dias alimento enquanto tantos passam fome? Como é possível que alguém ainda hoje possa apoiar uma atitude racista/facista/sexista?

Como?!

Nessas horas minha desesperança com a humanidade cresce vertiginosamente.

Ironicamente, após o intervalo, tivemos "Noite Transfigurada", obra baseada num poema de Richard Dehmel cuja "(...) obra descreve um homem e uma mulher, caminhando através de um obscuro bosque e, sob a luz do luar, a mulher confessa ao seu amado estar grávida de outro homem.", dada minha falta de confiança no ser humano eu já imaginava o homem irado, matando a mulher a punhaladas, mas o que acontece é que ele, devido ao amor que sentia por ela e ao amor que ela lhe havia dado diz então que a perdoa e que, por obra desse imenso amor, aquele filho que ela carregava seria transfigurado para filho dele também.
Confesso que, infelizmente, não me arrebatei tanto com essa parte do concerto, talvez porque sou naturalmente pessimista e não acredito muito em finais felizes, talvez porque a própria orquestra não se mostrava muito segura e desenvolta na execução da peça (foi a primeira vez que foi executada em público).
Enfim, ouvi a música pensando em qual seria minha reação se eu fosse o homem em questão e até agora não cheguei a conclusão nenhuma...toda a vez que me decido por não perdoar me sinto tão cruel quanto aqueles que fecham seus olhos a miséria do seu semelhante e que negam perdão aqueles que se arrependem e, toda a vez que me decido por perdoar me pergunto se não estou perdoando apenas para tentar ser melhor do que aqueles que eu critico.

É por isso que eu prefiro os animais, tudo mais simples e com menos crueldade.


Fonte da imagem e bom texto sobre o quadro: http://www.etudogentemorta.com/2009/12/a-noiva-do-vento/

domingo, 25 de julho de 2010

Sobre decepção




As vezes eu acho que ainda tenho cinco anos, porque quando me dizem que vai acontecer tal coisa (seja um eclipse total do sol, seja uma voltinha no quarteirão) eu fico esperando, ansiosamente, e quando não acontece o que foi dito eu fico decepcionada, muito decepcionada.
Eu tento me educar e me conscientizar para o fato de que as decepções fazem parte da vida e que eu já devia ter me acostumado com elas há séculos, mas não consigo, porque em parte eu ainda sou uma criança que acredita na palavra dos outros.
O maior problema que isso me traz é que, com o passar do tempo, se a pessoa continuar me frustrando eu perco a confiança no que ela me fala e é essa a pior parte, porque a partir desse momento, podem me falar o que for, que eu vou ficar com a pulga atrás da orelha. O ruim é que pra me decepcionar não precisa de muita coisa, basta me dizer que vai ligar e não ligar, ou que vamos fazer uma determinada coisa e depois cancelar bem em cima da hora, ou pior, nem me avisar que foi cancelado.
Quando me decepcionam eu fico frustrada e extremamente triste, principalmente se for recorrente, mas como eu odeio deixar que alguém veja que me magoou eu rapidamente transformo a tristeza em raiva, ironia e muita acidez, talvez por isso seja tão difícil notar quando eu fico magoada com alguma coisa.
Outra “arma defensiva” que eu criei com o passar do tempo é sempre achar que as coisas vão dar errado, partir do princípio que não vão gostar de mim ou que na hora “h” vai ser tudo cancelado. Como me disse um amigo da faculdade esse é um mecanismo pra evitar a frustração e eu devo dizer que funciona muitíssimo bem, obrigada. Algumas pessoas vêem nesse mecanismo o inconveniente de eu ser uma pessoa pessimista, mas convenhamos, partir do princípio que tudo vai dar errado é melhor porque você já sai preparado pra decepção, então se as coisas derem certo, mesmo que bem pouco certo, você já sai ganhando.
E quando se tem o tipo de reação a decepção que eu tenho, essa é com certeza a melhor saída.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Colírio: Larry Mullen Jr

Atenção: Post reaproveitado do "Simpatia e Ironia", que está temporariamente fechado. Então não, você não está tendo um déjà vu.


Primeiro deixa eu explicar esse negócio de "Colírio". Sabe aquele dia chato? Em que parece que tá tudo bege demais? Pois é, eu odeio isso (coisas de escorpiana), então nesses dias eu procuro ver coisas, ou pessoas, que me animem, que tragam cor e força para o dia. Então, basicamente, essa é a idéia do post colírio, animar o dia de vocês.




Eu adoro U2, isso é um fato.
Amo o jeito do Bono cantar, adoro o jeito como o The Edge parece estar conversando com a guitarra e não apenas tocando e acho que o Adam é o cara mais gente boa do planeta, mas o meu favorito é o Larry.
Ele é lindo, não tenta ser simpático para vender música e mantém a banda com os pés no chão. Vejam bem, eu não vejo nenhum mal em todas as ações socias nas quais o Bono se engaja, não sou contra nenhuma delas e acredito que ele está correto em usar sua imagem e fama para chamar a atenção do mundo para os problemas dos outros, mas honestamente, se dependesse só dele provavelmente nunca teríamos uma música nova do U2, porque ele estaria ocupado demais ajudando os pobres da África.
Lembro que o que mais me chamou atenção na primeira vez que escutei U2 foi som da bateria, acho o Larry genial, não porque ele faça grandes inovações e tals, mas justamente porque é simples e apaixonante. Além disso ele é lindo e, vamos combinar, está ficando cada vez cada vez mais charmoso.



Larry nasceu em Dublin, em 31 de Outubro de 1961 [Halloween \o/] e foi ele quem, em 1976, colocou o anúncio na escola procurando gente para formar uma banda, que depois gerou o U2. Até hoje ele é visto como o "homem de negócios" dos U2 e geralmente é contra as "piradas" que Bono e The Edge dão em termos musicais (ele odeia o nome "Achtung Baby", do albúm de 1991 e eu devo concordar quando ele diz "que diabos de nome é "Achtung Baby"? Eu mal consigo pronunciar isso!").
“Nós dizemos sempre que eles (Bono e The Edge) são os que cantam e nós (o próprio e Adam) somos o cérebro da banda.”
Algumas vezes é visto como antipático, mas pessoalmente, considero ele apenas profissional. Lógico que é muito mais legal quando um cara que você admira é fofo e simpático, mas honestamente, acho que ninguém tem obrigação de ser fofo (mas todo mundo tem obrigação de ser educado, ok crianças?) então isso não muda em nada o fato dele ser um dos meus mais queridos colírios. O lado bom dele não ser a estrela da banda é que ele consegue manter um certo "anonimato".
“Eu gosto da ideia de poder andar normalmente pelas redondezas. Acho engraçado quando as pessoas não sabem que faço parte da banda. Uma vez alguém se dirigiu a mim para que eu segurasse o guarda-chuva enquanto pediam um autógrafo ao Bono. E eu? Eu acho isso engraçado.”
Larry não gosta de dar entrevistas, o que contribuiu para sua imagem de antipático (e dificulta qualquer tentativa de fazer um post sobre ele rsrs).
"As pessoas dizem, "Porque não dá entrevistas? O que você acha sobre isso? O que você acha sobre aquilo?" Meu trabalho na banda é tocar bateria, acordar a banda no palco e manter a banda junta. É isso que faço. No final do dia, isso é tudo que é importante. Qualquer coisa a mais é irrelevante."

Ok Larry, mas se você não considerasse o resto "irrelevante" meu trabalho para fazer esse post estaria facilitado, mas tudo bem, você é lindo e tem personalidade, o que basta para garantir para você o meu primeiro post "Colírio".



Fontes para esse post:
http://www.u2pt.com/u2bio.php?itemid=266
(sem esse site eu não teria escrito metade do post)
As imagens vocês vão ter que me perdoar, mas estavam aqui no micro, sem o crédito de onde as peguei, dessa vez passa vai?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Atarefada

Depois de escrever o último post eu fiquei pensando e resolvi colocar num papel tudo o que preciso fazer, com as respectivas datas, pra fechar esse semestre da faculdade e, quer saber, deu medo! Olha isso:

15/06 - Prova de História da América Independente I
18/06 - Prova de Introdução a Arquivologia
21/06 - Entrega do trabalho de História Antiga I, baseado no filme "A Conquista da Honra" do Clint Eastwood
22/06 - Entrega da resenha de "Cem Anos de Solidão" para História da América Independente I
23/06 - Entrega de dois trabalhos para História Moderna I. Uma análise do "Elogio da Loucura" do Erasmo de Roterdã e uma análise de dois capítulos do Jacob Buckhardt, sobre Renascimento
30/06 - Entrega do trabalho de Teoria da História I, comparação entre dois autores sobre um tema ferradamente difícil (deu pra notar que eu nem sei o que vou fazer nesse trabalho?)

Sabe o que já está pronto? NADA.
Com licença, vou ali pirar um pouco e já volto.

P.S: Eu sei, eu sei. Fico parecendo muito metida quando falo desses trabalhos, mas acreditem, meus trabalhos são piores do que os de um macaco pesquisando os temas no google.
P.P.S: Lembrem, além de tudo eu tô ficando resfriada...será que alguém pode vir aqui me dar um abraço? rsrs

Diálogo Interno

(Sim, eu converso mais ou menos desse jeito comigo mesma. Esquizofrênica é a bisavó da Cinderela ok?)

Ainda estou na dúvida do que quero de dia dos namorados. As opções em que pensei foram:
1- Um saco bem grande de paciência;
2- Umas horas a mais pra dar conta de todo o trabalho da faculdade;
3- Um mouse novo antes que eu jogue essa joça que eu uso pela janela ¬¬*

Brincadeirinha essa lista. Meu presente eu já ganhei, um casaquinho novo, lindo lindo, preto com zíper meio diagonal e bem quentinho, porque ultimamente o frio ta complicado lá na USP (se bem que ele é TÃO lindo que eu tenho até dó de ficar usando todo santo dia na faculdade rsrs).

Ainda estou na dúvida sobre o que vou dar pro Othon. Até porque estou mais falida que a Grécia...pra melhorar minha situação esse mês ele também faz aniversário, mas também quem mandou inventar de namorar um rapaz que faz aniversário no dia dos namorados?
Sorte que ele entende minha situação e já vai ficar bem feliz se ganhar um presentinho.
(pena que minha conta bancária não vai ficar nada feliz...aiai...)

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Estou “aproveitando” que é feriado na quinta e ficando aqui na casa dos meus pais.
Aproveitando em termos, porque só numa concepção do século XVII ficar em casa lavando roupa e cuidando do sobrinho é aproveitar alguma coisa.
Não é que eu deteste cuidar do meu sobrinho, mas eu bem que podia estar aproveitando a vida fazendo algo divertido, do tipo ver “Two and a Half Man”, “The Closer” ou “Grey’s Anatomy”. Podia ler o último livro da série da Sookie (ótima indicação da Elise do Salada Mista), ou da House of Night. Podia aproveitar para dormir muito, que é algo que eu mal lembro como se faz. Eu podia até mesmo terminar os trabalhos da faculdade antes de ficar doida e arrancar as unhas.
Se bem que quando aquele pequenininho chega, me abraça e diz “Fiquei com saudade” eu me derreto toda e nem quero saber de mais nada ^^

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Meio resfriada...espero que não faça nenhum mal tomar um antigripal depois de um choconhaque. Porque nesse frio, só o alcool e chocolate pra esquentar! rsrs

quarta-feira, 26 de maio de 2010

recomeço (ou: escrevendo pra parar de enlouquecer)



Ando muito ocupada, parece que é sempre assim, num dado momento tudo se junta e pede minha atenção ao mesmo tempo. Faculdade, amigos, família, a Deusa, namorado, livros, filmes, músicas, games e séries. Tudo se torna interessante, ou prioritário.
Todas as luzes vermelhas se acendem e clamam atenção imediata.
Felizmente eu aprendi a respirar fundo e agüentar.
Infelizmente eu ainda não aprendi quando soltar a respiração, então quase sufoco e, para voltar a respirar, acabo dando uma de louca pra cima do Othon que, geralmente, nem tem culpa de nada. Sorte a minha que ele me conhece o suficiente pra saber que se me deixar gritar e chorar por uns minutos, me fizer um carinho e mostrar que está ali, eu volto ao normal.
Porque eu preciso ser honesta, ele é meu porto seguro. Um porto ainda não mapeado, com um cais no qual eu ainda tenho um pouco de receio de atracar, mas é meu porto.
Acho que nessa loucura dos últimos tempos (porque eu realmente não lembro quando tudo enlouqueceu, pode ter sido há duas semanas ou dois meses) eu acabei me esquecendo de dizer pra ele o quanto eu sou grata por te-lo na minha vida, por ele ter escolhido me acompanhar nessa coisa meio maluca, meio neurótica que é a minha vida, mas eu não esqueço de agradecer aos céus por ter ele ali, pra segurar a minha mão (e a minha sanidade mental) e me garantir que tudo vai ficar bem no final.
A retomada desse blog é para ele, porque se eu não começar a escrever logo é ele quem vai acabar enlouquecendo rsrs e por nós dois, porque eu não sei viver sem ele.
Obrigada por tudo amor.