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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Desabafo



A sensação de impotência diante de certos fatos da vida é o que mais me incomoda.
Não com as coisas inevitáveis, como a morte, essas eu entendo que são apenas uma parte da vida, o que realmente me incomoda são os atos de outros seres humanos, que prejudicam, maltratam e infernizam a vida alheia.
Como o maledeto filho de uma &$#@ que roubou meu celular hoje. O que mais me incomoda não é ter perdido um bem material (não que isso seja indiferente para mim, ainda não sou um ser tão evoluído espiritualmente assim), mas ter perdido uma coisa que foi presente de alguém que eu amo muito, numa data especial e fofa. Além de ter perdido milhares de mensagens dos amigos, da família e do namorado, isso sem falar das coisas que depois eu recupero sem problemas, como as músicas e as fotos que eu deixava no celular como um backup.
A sensação de impotência em relação a isso é o que me incomoda, porque honestamente, eu e metade da população mundial sabemos que nunca é que vão encontrar o maldito que fez isso (pelo menos não por ter furtado o meu celular). Nessas horas eu queria é voltar pra Idade Média, poder pegar uma espada e ir atrás da pessoa, só pra ter o prazer de, pessoalmente, cortar o braço do(a) infeliz!
E foda-se direitos humanos e o escambau, tô com raiva, esse blog é meu e eu desabafo aqui sim. Até pq eu dificilmente vou conseguir ir atrás da pessoa e cortar nem que seja um fiozinho de cabelo dele(a).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Good Bye



É difícil entender a brevidade de certas coisas.
Principalmente a brevidade da vida.
Você sempre espera ter um dia a mais, cinco minutos que seja, pra dizer o quanto alguém é especial e daí, de repente, essa pessoa é arrebatada de você.
Assim, do nada, num segundo ela para de respirar, o coração cansa de bater e você perde alguém que ajudou a iluminar sua infância.

Nessas horas parece que a minha memória resgata e se agarra a cada mísera lembrança. Do cheiro dela, da escada em caracol da casa dela, do jeito dela de falar e do amor que ela demonstrava pela filha única e depois pelo neto, do respeito pela mãe, dos olhares cúmplices com os irmãos, das histórias de infância que me foram contadas aos poucos.

Eu vou sentir saudades, não nego. Vou sentir um remorso por não ter passado mais tempo junto, mas estou tranquila porque sei que a vida dela pode não ter sido fácil, mas teve seus bons momentos e suas conquistas importantes.

Bye bye Tia Ione, nos encontramos de novo algum dia.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Adeus

Ele veio e sei foi rapidamente, um tempo tão breve que poderia ser descrito como uma brisa.
Ainda não entendo por que, não sei por que tirar a vida de um ser tão pequeno e inocente.
Acredito que tudo tem uma razão e que leis que estão muito além da minha limitada compreensão podem explicar tudo isso, mas essa certeza não me dá a paz que eu gostaria.
Foram menos de 48 horas, mas foram horas marcantes e plenas de alegria e esperança.
Eu sabia que as chances eram quase nulas, eu sabia que estava lutando contra as leis da natureza, mas eu sabia que, se não tentasse estaria lutando contra meus instintos.
Ele era pequenino, tanto que nem preenchia a palma da minha mão, seu coração batia tão rápido que parecia que a qualquer momento iria infartar.
Ele me deu a graça de seu primeiro abrir de olhos e de seus primeiros piados.
Principalmente, me deu o presente incomparável de sua confiança, de se sentir confortável em minhas mãos. Mãos tão humanas e tão diferentes de tudo o que ele conhecera até então.
Não tenho raiva de seus pais por terem colocado ele para fora do ninho, ele era mais fraco e, por essas leis que não entendo, o esforço para cuidar dos filhotes deve ser investido apenas nos mais fortes.
Não me sinto frustrada, porque fiz aquilo que estava ao meu alcance para deixa-lo confortável.
Só sinto uma tristeza profunda ao pensar na saudade que sinto dele, ao lembrar do quão duro foi colocar seu pequenino corpo na terra e dizer "adeus".
Eu realmente queria que ele sobrevivesse, não para poder me orgulhar de ter feito isso, mas para um dia poder vê-lo voar livremente, mas as probabilidades estavam todas contra nós e elas ganharam, infelizmente.
A única coisa boa nisso tudo é que eu sinto que em algum lugar, que com certeza é bem melhor do que aqui, tem uma pequena alma feliz que talvez se lembre de mim e de meu amor.

Adeus pequeno passarinho, eu te amei muito apesar do nosso pouco tempo juntos.

O tempo todo essa sequencia de "Calvin e Haroldo" não saiu da minha cabeça, acho que é a melhor explicação pra tudo o que eu senti e ainda estou sentindo...
(clica que fica maior e melhor para ler)