quinta-feira, 31 de julho de 2008

A mil por hora

Semana complicadinha mas muito gostosa!
Alguns medos que preferi não compartilhar com namorado, mas que no final deu tudo certo, Graças aos Deuses!!!
Ter que vir pra São Paulo ontem, num calor do caramba, mas ainda assim foi bom, de frio, basta Sta Rita! Que por falar nela, tenho que contar como foi né? Dias inesquecíveis e não contei pra ninguém exatamente como foi...muito estranho isso vindo de minha pqnina pessoa!
Mas voltando a mini-odisséia de ontem, foi engraçado, descer no Tietê, recarregar o bilhete único (abençoada sptrans que liberou algumas cotas pra Julho, senão eu morria em sei lá qts reais, com certeza mto mais do q podia gastar) e pegar o "bendito" 107T - Jaçana/Cidade Universitária, quem conhece sabe, esse ônibus é uma loteria, ele vai pela Rua Augusta, então tem dias e horários em que ele é uma belezinha, chega-se na Cidade Universitária rapidinho, mas tem dias...eu já jurei que ia morrer de velhice num desses ônibus, qd aquela Augusta para, pqp, parece que o mundo inteiro parou junto!
Mas voltando (eu divago tanto...), descer na Ipiranga, pegar o primeiro ônibus que passasse pela Consolação e lá pegar um ônibus que viesse aqui pra casa (integração do bilhete único é a melhor coisa hehe), daí vai a Tamy, com a pqna mala com todas suas roupas e para um Pq Continental, pq falaram que esse ônibus para aqui perto, sorte q eu perguntei pro cobrador e descobri que existe mais de um Pq Continental e q só um para aqui, felizmente dps disso eu peguei o ônibus certo, quase levando um estabaco pra entrar nele hehe
Depois lá me fui, pra USP, querida e amada, andar feito uma camela, do banco pra reitoria (aliás, aqui vale dizer uma coisa, não tem essa de q o povo q trabalha na reitoria é mal educado não! Todo mundo foi super gentil e atencioso comigo, me orientando como chegar na pro-reitoria q eu procurava, mas isso pq eu fui gentil com todos, é aquela velha regrinha que minha bisavó já anunciava "respeito gera respeito!", de lá me encaminharam pra Administração da FFLCH (minha unidade) e quem disse q eu sabia onde ficava? Huahuahua deve ter sido hilário me ver caminhando com cara de perdida procurando a bendita, sorte que eu encontrei um guardinha, q tava mais perdido q eu, mas que me ajudou a lembrar que a FAU era na rua acima da qual eu tava...sorte tbm q eu reconheci uma escadaria que vai dar na Química e não subi, pq num primeiro momento até pensei q fosse dar na Administração!
Depois disso tudo finalmente fiquei livre pra voltar aqui pra casa, um bagacinho, mas voltei hehe
E agora, lá me vou, enfrentar um transito caótico pra ir até o Museu Paulista (ou Museu do Ipiranga pros não íntimos), onde eu nunca coloquei os pés, mas onde arrumei um estágio (acho q por má divulgação do programa, pq honestamente, meu currículo é péssimo hehe).
Se alguém ler isso, torça por mim, agora se for mais de 14hs do dia 31/07/2008, aguarde o próximo capítulo, contando como foi a apresentação e o treinamento inicial ;)

sábado, 19 de julho de 2008

Tem coisa que é só comigo mesmo...

Tem gente que consegue me fazer sentir uma total idiota.
Eu nem conheço de verdade a pessoa, tenho um bom motivo pra detesta-la e mesmo assim sempre que penso nela desejo tudo de bom, coloco todos os meus pensamentos positivos na direção dessa pessoa, mesmo ela cobiçando quem eu amo, tudo isso pra quê?
Pra ler merda e mais merda. Pra descobrir que essa pessoa me detesta, não vai com a minha cara, mesmo sem motivo.
Tem horas em que eu realmente amaldiçoo esse meu lado bruxa e tudo o que vem com ele, inclusive essa determinação de só desejar o bem pras pessoas...mas a Deusa é generosa e tudo o que eu desejo vai voltar, além do que, raiva envelhece e amarga o coração!
Mas que eu tô me sentindo uma pateta, ah isso eu tô!

Ouvindo: Underneath Your Clothes - Shakira

terça-feira, 1 de julho de 2008

Um Conto de Samhain

Samhain já passou, mas esse conto é tão lindo que não posso deixar de posta-lo =)

Um Conto de Samhain
Autor: desconhecido

Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos.
Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.
"Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?"
As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.
"Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso.
O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.
Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta. Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.
Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura.Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse.
Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareçam...meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo. Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para observar seu reflexo.
Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia. Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo.Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele alevantou apontada para seu peito os tambores cessaram.
Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso...aqueles segundos duraram milênios.
O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.
Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor, apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.
Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.
E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e pausado...talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.

"Hoof and Horn, Hoof and Horn
All that Dies Shall be Reborn.
Corn and Grain, Corn and Grain
All that Falls Shall Rise Again."


O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer.
Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam."
Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.
"É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura. Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não seria espalhada.
Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual."
Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico..."Hoof and Horn, Hoof and Horn..."
E Lyla caminhou para a Casa Grande.

Fonte: Santuário das Trevas