quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Controle

Sabe quando parece que, se você não gritar, o mundo acaba de vez?
Quando sua única opção é soltar as mãos e se deixar levar pelo redemoinho de acontecimentos?
Pois é, estou nessa agora.

O mais incrível é que, dessa vez, eu me controlei e não gritei com ninguém, mas ainda assim as coisas estão ruins.
Ainda assim a pessoa me olha feio e age como se eu a tivesse agredido, fisica ou moralmente. Justamente quando eu mais me contive e quando eu mais quero que a situação não piore.
Acho que, pelo menos nessa nova parte da história, estou sem culpa nenhuma.
Não alfinetei e não retruquei alfinetada, não reclamei pra outras pessoas sobre frieza/estupidez dela. Acho que o melhor nesse momento é respirar fundo e segurar a barra com a mesma calma que tenho levado a história toda até agora.
Não é nada fácil pra mim, tenho vontade de jogar logo uma bomba e ver tudo estourar de vez, pra reconstruir aos poucos tudo o que tiver que ser reconstruído, mas acho que, de alguma maneira estranha, amadureci e agora vejo que não pode ser sempre assim.
Por mais que meus instintos me digam que pra construir direito é preciso destruir algumas coisas, sei que se fizer isso nessa situação não vai ser bom, porque afeta pessoas que não precisam ser afetadas.
De qualquer forma, ela já disse que está procurando mesmo outro lugar.
Que vá com as minhas bençãos e seja muito feliz, perto de pessoas que tolerem atitudes que eu não tolero e que não tenham essa minha mania de ser sincera demais sobre o que penso e sinto.

domingo, 17 de agosto de 2008

Insólito

www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080816/not_imp224871,0.php

Ok ok, sei que ninguém vai ler essa notícia, alguns por vir do "Estadão", outros por pura falta de vontade, então explico aqui o que diabos é ela e pq coloquei o link aqui.
Antes de ser uma notícia, essa é uma coluna, do meu escritor favorito, Marcelo Rubens Paiva (os livros desse cara influenciaram minha adolescência, desde antes de eu ser adolescente rsrs). Basicamente ele fala, nessa crônica, sobre taxis adaptados para cadeirantes e, no final faz um questionamento crucial:
"O problema é quem fiscalizará o serviço por aqui. Há muitos interesses em jogo. E o senhor sabe muito bem: quem mais emperra as iniciativas para o bem comum são grupos estabelecidos dentro da própria Prefeitura. Uma licença de táxi em São Paulo custa em média R$ 80 mil; do ponto de Congonhas, custa R$ 250 mil. A iniciativa é para servir a taxistas ou cadeirantes?"
Antes disso ele comenta que a SMT (Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo) deu uma "boicotada" nos ônibus adaptados para cadeirantes, que já vem com piso central rebaixado.
Confesso que já ofendi muito a mãe de quem projetou esses ônibus, pq sou estabanada e várias vezes eu levei quase tombos neles, principalmente com malas pesadas, mas entendo a importância e a praticidade desse ônibus, onde ao invés de uma plataforma meio complicada de operar, simplesmente o cobrador abaixa manualmente uma rampinha pro cadeirante entrar no ônibus.
Pensando nisso foi que eu me toquei de algumas coisas estranhas sobre a minha cidade [Jacareí], aqui desde 2004 (se não me falha a memória) temos ônibus adaptados para cadeirantes, mas era somente numa linha, a do meu bairro, que graças aos céus, cruza a cidade, somente ano passado eles ampliaram a utilização desses ônibus pra mais três ou quatro linhas, mas aqui é o único lugar do universo em que, mesmo se o ônibus estiver tão lotado que o pessoal está saindo pela janela, ninguém abre a porta de cadeirante (que fica no meio do veículo) pro passageiro descer.
Ano passado a empresa que liga Jacareí a São José dos Campos implantou ônibus adaptados também, o que já não era sem tempo! Neles, sempre que é necessário, o motorista abre a porta do meio [por onde os cadeirantes entram e saem] para qqr passageiro. Dentro de São José também tem alguns ônibus adaptados e os motoristas também abrem a porta do meio qd necessário.
Lá em São Paulo é mega comum abrir a porta de cadeirante, na verdade, em alguns ônibus (principalmente esse da rampinha) ela é a única existente. Na USP, os circulares adaptados abrem todas as portas (isso se o motorista parar pra vc entrar hehe)
Agora alguém pode me explicar pq maldito motivo aqui isso não acontece???
Também, do que é que eu tô reclamando? Essa cidade é tão boa que até o prefeito mora na cidade vizinha ¬¬* [sério mesmo]

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Um simples tchau

Dia 23 um grande amigo vai viajar, não é coisa de 3 dias ou algumas semanas, serão anos fora. Um doutorado pra ser mais específica.
Aqui comigo vai ficar uma saudade brutal.
Ele é uma daquelas pessoas de quem eu sempre me lembro quando alguma coisa legal acontece, porque eu preciso contar as coisas legais pra ele.
Ele faz meu coração bater mais rápido quando eu abro o MSN e vejo ele ali. Muitas vezes, mesmo quando aquele ícone está verdinho, sem marcas, quase pedindo para receber um duplo clique, eu não faço e nem falo nada, apenas contemplo, geralmente porque não tenho algo legal para contar, então prefiro ficar quieta a falar das coisas não legais.
Vai demorar um bocado para revê-lo e eu até gostaria de um "Bota Fora II - A Missão", mas sei que ele é tão atencioso com todos que fez o Bota Fora meio longe da data de partida para que nós, que estudamos meio (alguns muito) longe, pudéssemos participar.
Por mim eu o manteria juntinho, pra poder abraçar trocentas vezes, mas sei que você está indo conquistar mais um pedaço do seu sonho, do seu destino, por isso te abençôo, meu querido amigo.

"Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
que os Senhores te guardem nas palmas de Suas mãos"


Boa Viagem Pinguim Feliz, vou sentir saudades!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O céu é azul, mesmo quando chove

E no final das contas, de tanto nervosismo e gastrite atacando, consegui chegar no museu tranquilamente.
O estágio é legal, as pessoas são legais e, honestamente, ali parada, com o museu as minhas costas e olhando os jardins e o monumento a independência ali na frente, aquele sol paulistano da tarde e um ventinho gostoso pra amenizar, senti os olhos encherem de lágrimas e só pensava uma coisa "consegui".
Venci mais uma etapa pra conquistar meus sonhos, pensei que um estágio no Museu Paulista seria impossível, que atuar na minha área favorita da história era um mero devaneio, mas não, eu consegui.
Ano passado me superei pra vencer dificuldades que a menina de dois anos atrás achava impossíveis. Contei centavinhos pra passagem de ônibus, qd só dava pra pagar ela ou então passar fome o final de semana inteiro (por falta de bandejão), chorei de saudades de casa, dos amigos e do namorado, falei pra mim mesma que era melhor desistir, pra depois levantar a cabeça e seguir em frente. Bati de frente com guardinhas e porteiros da faculdade, briguei com assistente social e preenchi fichas e mais fichas pra levar porta na cara no final delas.
Agora, bom, ainda tenho grandes desafios, entre eles lidar cotidianamente com pessoas bem diferentes de mim (as meninas aqui da república) e com um relacionamento que se torna cada dia mais sério (e por isso mesmo mais assustador), mas agora estou mais calma, já consigo respirar fundo e não falar que vou desistir quando as coisas apertam. Ainda conto os centavos pra pegar ônibus e ir pra casa, ou recarregar o bilhete único, mas pelo menos a partir desse mês, vou contar os centavos que eu mesma estou ganhando, não posso dizer q com meu suor (se bem q em ônibus lotado...), mas pelo menos com a minha massa encefálica e numa coisa que eu amo.

E olhando hoje pra tudo o que eu fiz ano passado, desde as coisas boas até as cagadas master, vejo que só posso agradecer, por um novo relacionamento com meus pais, por um namorado que é um mega companheiro e por amigos que (perto ou longe) me incentivaram a conseguir sempre mais.

P.S: Qt a Sta Rita...bom, isso fica pra outro post q esse aqui já ta comprido demais!