segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Agradecimento



You don't know how much your wonderful music helps me in the worst moments of my life.
I'd like to just say: Thank you.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Through Glass



"Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
When no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

And it's the stars
The stars
That shine for you
And it's the stars
The stars
That lie to you..."

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Carta ao meu melhor amigo


"Hoje tomei minha primeira chuva da Primavera. Eu nunca te contei, mas pra mim essa primeira chuva é um momento meio mágico, uma espécie de ritual de passagem, como se o Céu olhasse pra Terra e dissesse "Certo, agora vamos trazer a fertilidade de volta a natureza".
Esse ano essa chuva foi ainda mais especial para mim, porque além de celebrar o renascimento da Terra ela também marcou o primeiro dia em que realmente voltei a sentir vontade de sorrir.
As coisas não estão fáceis, como diria Shakira "Aqui todo está peor/Pero al menos aún respiro", mas sinto que fiz o que era certo, que tomei a melhor decisão e, pelo menos, não perdi um grande amigo.
Apenas não é nada fácil seguir em frente.
Dói, monstruosamente, as vezes parece que não vou conseguir mais respirar, nem dar mais um passo sequer, mas nessas horas lembro que não seria justo, nem comigo nem com você, desistir agora.
Desisti do caminho mais fácil por aquele que trará uma colheita mais fértil e feliz, para mim e para você. Sei que agora você me entende e, estranhamente, saber que não sou a única a sofrer nesse momento, tem ajudado a seguir em frente.
Que a chuva de hoje tenha trazido renascimento e novo ânimo para você também. Sei que seremos felizes, é só acreditar e ter paciência.

Que os Deuses te abençõem e cuidem de ti.
Muitos beijos, com todo meu amor."

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amadurecer



Sou pagã há quase uma década e desde o início do ano celebro os Esbats com dois grandes amigos-irmãos. O mais interessante é que decidimos a cada Esbat focar em uma Deusa e na lição que podemos aprender com ela.
De início a proposta parecia fácil. No primeiro Esbat celebramos Minerva e pedimos lições para alcançar a sabedoria, no segundo celebramos Astréia e tentamos entender a justiça e assim foi indo, com cada Deusa uma lição.
O que parecia fácil entretanto se mostrou difícil, pois para entender os conceitos e aprender o que a vida estava me trazendo tive que olhar cada vez mais para dentro, sem filtros, sem máscaras, sem piedade.
E olhar pra dentro é uma das experiências mais chocantes que se pode fazer. Ver como se é de verdade. Entender que os defeitos que vemos são apenas a ponta do iceberg, que na verdade temos tantos que nem percebemos! Ou ainda, perceber que certas reações que achavamos totalmente racionais e bem fundamentadas na verdade eram apenas as reações que qualquer criança teria.
É como fazer análise, mas um pouco pior, pois você mesmo enfia o dedo (e o sal, o vinagre, o iodo e o que mais estiver por perto) na ferida e você mesmo precisa colocar um freio na sua auto crítica, encontrar o equilíbrio entre apontar defeitos e se martirizar. É realmente muito duro entender sozinho que você não é a pior criatura do mundo e não deveria nem existir apenas porque tem reações infantis, é um tanto egoísta e não sabe demonstrar sentimentos. Não nego que as vezes caio numa poça de auto piedade e outras numa de auto desprezo, mas o importante é saber sair dali e não se deixar chafurdar infinitamente.
O lado bom disso tudo é perceber que, na base porrada psicologica e emocional, estou amadurecendo. Aprendendo a não enfrentar o mundo a ferro e fogo, entendendo finalmente como é bom ser como a água, que flui, desvia, passa por baixo, sempre que possível encontra outro caminho e só passa por cima destruindo o que tem pela frente quando não há outra maneira.
Sou escorpiana, o que significa que geralmente prefiro passar por cima e destruir, para reconstruir direito, mas nesses últimos seis meses fui entendendo o quão sábio é o rio que vai cortando pelo subterrâneo, acariciando pedras, fertilizando a terra sem ser visto e sendo fértil e gentil como apenas a natureza pode ser.

Ainda não estou em paz, ainda tenho muita coisa para mudar, mas sinto que finalmente encontrei um caminho. Doloroso, afinal derrubar conceitos e idéias pré existentes é uma das coisas mais duras que se pode fazer, mas que no final é gratificante.
Ainda não sou uma fruta madura, pronta para ser colhida, mas pelo menos já sou um pequeno broto, que numa primavera próxima trará alegria e doçura pra quem tiver coragem de se enfiar entre os espinhos e o colher.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Queremos Atitude!



Conversando ontem com duas amigas queridas e solteiras e elas reclamando de uma coisa que as vezes a gente nem nota que falta nos rapazes de hoje. Atitude.
E não é atitude no sentido de ir lá e comprar briga em festa só porque fulano olhou a menina que está com você, até pq isso é coisa de Neanderthal e não é isso que queremos.
O buraco é bem mais embaixo!
Atitude no sentido de comparecimento mesmo. De prometer e cumprir, seja assistir ao novo filme que a gente tá mega afim ou uma boa noite de sexo mesmo. Não precisa ser aquela transa espetacular, da gente alcançar o nirvana vinte vezes, mas também virar pro lado e dormir não é aceitável, no mínimo espera-se que o sujeito explique que tá cansado e que a coisa não vai rolar naquela hora, assim pelo menos a garota guarda a energia pro dia seguinte e não fica ali achando que tá com alface grudada no dente!
A grande frustração é aquele cara que fica falando montes (no ouvido, no msn, no sms), que diz que vai fazer e acontecer e na hora mesmo, nem o básico sabe fazer direito!
Mas vamos dizer que o cara compareceu e foi tudo de bom, a menina liga uns dias depois, pra marcar um repeat e o cara entra em pânico, achando que ela quer casar, mas as vezes não é nada disso! É simplesmente vontade de repetir uma coisa que foi ótima, não de ser apresentada pra família e ganhar uma aliança de ouro na mão esquerda. Tem também aquele cara que diz que não quer compromisso, que só quer curtir, mas quando vê que a menina também não quer nada sério cai fora. Eu juro que não entendo, é medo de comparação ou de se envolver e a menina não? E se você, jovem rapaz, se envolver, qual o problema de deixar isso claro e assumir pra ela que agora você quer algo sério? Vai cair o pinto?!
Os caras demoram tanto pra tomar uma atitude que as garotas cansam e tomam a atitude por si e aí o que acontece é que eles se assustam! Mas meninos, a gente cansou de brincar de Bela Adormecida e ficar lá esperando vocês!
Então é simples, não gosta de garota que toma atitude, tome antes! Não adianta ficar ali reclamando que fulana é oferecida e que não quer se envolver com menina assim se você é um banana que gosta de brincar de poste!
A situação é tão maluca que é assim: o cara conhece a menina, curte ela, os dois tem uma noite maravilhosa, mas se ela tentar entrar em contato antes dele finalmente tomar coragem (a.k.a: antes do inferno congelar) ele foge porque tem medo de se envolver com uma garota que teve coragem de ir atrás do que quer, ou por achar que ela quer algo sério, antes mesmo de tentar saber das intenções da moça.
O pior é que já vi isso acontecer mais de uma vez, caras que eu achava que tinham tudo haver com certas garotas e que deixaram de conhecer uma garota maravilhosa por esse medinho de tudo, por essa falta de atitude!
Mas a falta de atitude vai bem além disso, é também aquele cara apático sabe? Que você chama pra ir no cinema e pergunta “O que você quer assistir?” e ele responde “Ah, não sei, qualquer um” sem nem olhar a programação. Ou que você fala de sair e pergunta quando é melhor e ele responde “você quem sabe”. Ou então o cara que sabe que você vai chegar morta de cansaço depois de um dia inteiro de trabalho e faculdade e que ainda fica esperando você ir encontra-lo, mesmo que ele tenha ficado bundando o dia todo, posso ser muito menininha nesse ponto, mas o mínimo que espero é que o cara venha me ver, mesmo que seja pra irmos pra casa dele, porque estou cansada e consideração e atenção é o mínimo que esperamos!
Não queremos um cara que seja mandão e que queira tudo apenas do jeito dele, queremos apenas um cara que saiba o que quer e que não tenha medo de ir atrás do objetivo, seja ele uma garota, um emprego ou uma música legal que ele ouviu no rádio. É pedir demais?!

P.S: Graças aos Deuses tenho um namorado que tem atitude, então o post é muito mais sobre experiências de amigas do que sobre experiências próprias.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Desabafo



A sensação de impotência diante de certos fatos da vida é o que mais me incomoda.
Não com as coisas inevitáveis, como a morte, essas eu entendo que são apenas uma parte da vida, o que realmente me incomoda são os atos de outros seres humanos, que prejudicam, maltratam e infernizam a vida alheia.
Como o maledeto filho de uma &$#@ que roubou meu celular hoje. O que mais me incomoda não é ter perdido um bem material (não que isso seja indiferente para mim, ainda não sou um ser tão evoluído espiritualmente assim), mas ter perdido uma coisa que foi presente de alguém que eu amo muito, numa data especial e fofa. Além de ter perdido milhares de mensagens dos amigos, da família e do namorado, isso sem falar das coisas que depois eu recupero sem problemas, como as músicas e as fotos que eu deixava no celular como um backup.
A sensação de impotência em relação a isso é o que me incomoda, porque honestamente, eu e metade da população mundial sabemos que nunca é que vão encontrar o maldito que fez isso (pelo menos não por ter furtado o meu celular). Nessas horas eu queria é voltar pra Idade Média, poder pegar uma espada e ir atrás da pessoa, só pra ter o prazer de, pessoalmente, cortar o braço do(a) infeliz!
E foda-se direitos humanos e o escambau, tô com raiva, esse blog é meu e eu desabafo aqui sim. Até pq eu dificilmente vou conseguir ir atrás da pessoa e cortar nem que seja um fiozinho de cabelo dele(a).

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Thank You



Uma vez alguém me disse que a maior viagem a ser feita era aquela para dentro de si mesmo. Eu lembro de rir e pensar que isso era bobagem, pois com tanta terra e com tanta coisa para conhecer mundo afora, porque diabos a maior viagem seria para dentro de mim?
Porque essa é realmente a maior viagem. Pode não ser a melhor, com certeza não é a mais divertida e muito menos a mais cômoda, mas certamente é a maior. Olhar para dentro, se ver sem os véus que colocamos entre nós e o resto do mundo, olhar suas cicatrizes, suas feridas e seus medos.
Olhar de verdade e ver que algumas feridas que achamos que eram meros arranhões gangrenaram e precisam ser extirpadas, levando um pouco da gente junto.
Finalmente admitir que uma mera frase, que disseram quando éramos crianças e que fingimos que não nos importou na verdade ecoa até hoje, foi pintada, rabiscada, rasurada e marcada a fogo dentro da gente e está ali até agora, nos guiando e assombrando.
É duro, é doloroso, algumas pessoas podem achar besteira mexermos nisso agora, porque afinal, para que mexer nisso se não vai apagar os velhos traumas? Ouvi isso e fiquei me perguntando esses dias, até que entendi a razão.
Não meu amor, não vai apagar trauma algum, mas vai me fazer olhar de frente o meu medo, e ver que hoje eu posso perdoar quem me machucou e seguir em frente. Não me apegando mais ao mal que me foi causado, mas sim ao amor dado.
Porque eles são humanos, tão humanos que erraram ao tentar me tornar uma pessoa melhor. Eles me machucaram sem querer, não era de jeito algum a intenção deles me fazer crer que eu não sirvo para nada, apenas eu sou mais frágil que algumas pessoas e, o que serviria de adubo para alguns, foi meu veneno.
Eu não morri, eu enfraqueci. Por muito tempo, eu concordo, mas a duração dessa febre foi apenas porque eu não consegui olhar para dentro e ver as minhas qualidades.
Não vou dizer que sou perfeita. Estou longe disso graças aos Deuses! Mas hoje eu sei que não sou nada desprezível, que não sou inútil e que, mesmo que para poucas pessoas, eu faria uma grande falta.
Eu tenho dois amigos-irmãos maravilhosos, que me apóiam e me amam, mesmo eu sendo o ser imperfeito que eu sou e, se tem algo que tem ajudado muito nesses momentos são essas palavras:

“Só vou falar o quanto eu te amo, o quanto você sempre foi uma irmã perfeita para mim mesmo tendo defeitos, você me disse o que eu não queria ouvir muitas vezes nós até nos estranhamos, mas eu realmente não sei o que seria do nosso grupo sem você e quer saber na minha opinião você é uma mulher linda, uma bruxa poderosa, uma amiga fiel, uma pessoa honrada e que qualquer um com um pouco de sobriedade admiraria, mas a verdade é que tem muita gente triste e frustrada por ai, muita gente incapaz de aceitar a grandeza dos outros e muita gente que apenas não gosta da gente, não vamos conseguir nunca agradar a todos e é bem mais fácil falar do que aceitar isso, eu que o diga.”

Agradeço do fundo do meu coração a Fran por ter escrito isso no momento em que eu mais precisava saber que era amada, querida e necessária.
Agradeço muito também ao , por ter me acolhido tão depressa na sua vida, por nunca perder a paciência quando eu dou minhas espetadas escorpianas e por me fazer rir como a criança que eu não me permitia ser há muito tempo.
Amo vocês, me sinto abençoada e honrada por ter duas pessoas tão maravilhosas como meus irmãos. A Tamires de um mês atrás diria que não era digna de irmãos tão bons, mas a Tamires de hoje, que vocês ajudaram a amadurecer e crescer, diz apenas que é muito feliz por ser irmã de vocês.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Good Bye



É difícil entender a brevidade de certas coisas.
Principalmente a brevidade da vida.
Você sempre espera ter um dia a mais, cinco minutos que seja, pra dizer o quanto alguém é especial e daí, de repente, essa pessoa é arrebatada de você.
Assim, do nada, num segundo ela para de respirar, o coração cansa de bater e você perde alguém que ajudou a iluminar sua infância.

Nessas horas parece que a minha memória resgata e se agarra a cada mísera lembrança. Do cheiro dela, da escada em caracol da casa dela, do jeito dela de falar e do amor que ela demonstrava pela filha única e depois pelo neto, do respeito pela mãe, dos olhares cúmplices com os irmãos, das histórias de infância que me foram contadas aos poucos.

Eu vou sentir saudades, não nego. Vou sentir um remorso por não ter passado mais tempo junto, mas estou tranquila porque sei que a vida dela pode não ter sido fácil, mas teve seus bons momentos e suas conquistas importantes.

Bye bye Tia Ione, nos encontramos de novo algum dia.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Intelectualidade de Merda



Uma verdade cruel, mas gritante, que aprendi na faculdade é o quanto é fácil ter pose de intelectual. Até eu consigo fazer isso.
Basta você ficar de olho em qualquer coisa que seja moda e meter o pau nela e em qualquer um que goste disso. Você pode até gostar disso, mas da forma mais oculta possível. E que Marx te proteja se descobrirem que você sabe o refrão de uma música do Luan Santana!
E na dúvida sobre o que comentar? É simples, fale que é culpa do sistema capitalista que explora os mais pobres, ou diga que fulano de tal não entende Marx, que na verdade ninguém entende o pobre Karl melhor que “insira qualquer nome obscuro advindo do leste europeu”.
Agora, se você quer ser o melhor, o mais intelectual e o mais chique de todos é mais fácil ainda. Se ligue no nome daquele pensador meio obscuro, cujos únicos livros disponíveis desse lado da Linha do Equador estão em aramaico, que aquele professor fodão vive citando\recomendando e sair por aí dizendo que o cara não é tão bom assim, que sua visão do assunto é restrita\positivista\marxista demais. Como o tal pensador é obscuro e impossível de ler todo mundo vai babar porque (1) você conseguiu ler o fulano e (2) ninguém vai conseguir ler pra te rebater.
Outra forma de ser considerado um ser pensante magnífico é fingir um desprezo invencível pela moda. Não importa que você passe horas, dias, semanas, planejando um figurino, ele tem sempre que ter um ar de “Ah, peguei a primeira coisa que vi!” e, de preferência, vir acompanhado do velho discurso “Moda é pra quem não tem o que fazer\pra quem não quer pensar\pros ricos”, como se hoje qualquer criatura com uma lan house e dois reais no bolso não pudesse ficar de olho no que acontece na Semana de Moda do Cazaquistão!
Também é de bom tom A-D-O-R-A-R a Mafalda, mas tem que ser aquela coisa de idolatrar mesmo, de dizer que nunca na história do universo alguém fez algo melhor do que a obra do Quino, que nem o próprio Quino fez algo que chegue aos pés da Mafalda.
Um problema sério enfrentado por esses nobres intelectuais, que desejam ser o crème de la crème da sociedade é que, as vezes um artista\banda\livro que eles gostam se torna popular. O que fazer então? Simples, ao menor indício de popularização você começa rapidamente a dizer, com a maior cara de pena, que o infeliz em questão se vendeu pra mídia e que perdeu sua alma artística. Assim, além de parecer sofisticado você evita ser colocado na mesma panelinha que qualquer outro pobre mortal.

(não que algum pobre mortal queira estar na mesma panelinha que você)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Encruzilhada


A vontade é gritar "Não dá mais!"
A vontade é gritar até sentir o sangue na garganta
A vontade é chorar até não sobrar mais nada
A vontade é se encolher e deixar a vida passar

As vontades são muitas, as opções tão poucas...é tão ruim crescer, deixar de ser criança e não poder mais deitar na cama, cobrir a cabeça e chorar a vontade, só esperando que logo vem aquela mão quentinha te acariciar e garantir que logo, antes mesmo do que você pode imaginar, essa dor vai embora e só os sorrisos permanecerão.

Como saber quando acabou?
Como saber quando não é um erro encerrar tudo de vez?

Queria estar certa do que vou fazer, pelo menos uma vez na vida.
Queria poder tomar uma decisão certa de que vou aguentar todas as consequências que serão trazidas.
Queria pelo menos saber o que fazer.

A solução mais simples acabaria com tudo. De vez, para sempre. Mas nem sempre a solução mais simples é a melhor, isso já aprendi com a vida.

Então o que fazer? Que caminho tomar, qual escolha fazer?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Escape



Quero férias.
Da vida, do mundo, de tudo.
Cansei da faculdade, cansei do trabalho, cansei dos amigos, cansei do namorado, cansei da família.
Quero largar tudo, jogar pro alto mesmo. Ir até o aeroporto e pegar o primeiro avião pra bem longe daqui. Ou pegar um barco e sumir oceano afora.
O problema é que isso não ia ajudar nadica de nada. Porque, na real, tô cansada é de mim.
Devia ter algum jeito de pedir férias de si mesma.
Desligar a mente, desligar a auto-crítica, fazer pelo menos meu cérebro parar de me avisar que já estourei prazos, que tem gente esperando que eu faça a minha parte, que existem decisões a serem tomadas, textos a serem lidos, provas a serem feitas.
Queria desligar disso tudo.
Deitar no gramado lá fora e curtir o sol sem pensar que ele pode me causar um belo câncer de pele.
É como se, nessa ânsia de fazer tudo o que esperam de mim eu tivesse deixado de realmente viver nos últimos tempos e agora isso estivesse me sufocando.
Eu mesma me cobro tempo para viver de verdade, com calma, no meu ritmo, mas como fazer isso é o que me pergunto.
Talvez, no final das contas, fugir seja realmente a resposta. Quem sabe não é lá longe, observando uma Aurora boreal, enfrentando uma tempestade de areia no Saara, ou molhando os pés no Índico que eu finalmente encontre o meu jeito de viver.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ouro Preto



Ouro Preto era uma cidade dúbia para mim.
Por um lado, era como uma musa distante, prometia perfeição, graça e sabedoria e, por isso, me seduzia.
Por outro lado, era como a moça bonita no final da festa, aquela que já bebeu além da conta, perdeu a postura e a maquiagem e, por isso, eu a repudiava.
Ouro Preto era uma paixão platônica que, paradoxalmente, me causava certo repudio. Não sabia se, no dia em que nos conhecêssemos, iria amá-la ou odiá-la.
Adiei esse encontro por anos, sempre com alguma desculpa. Ora não tinha dinheiro, ora não tinha tempo, ora tinha tempo e dinheiro, mas não queria ir sem companhia. Até que finalmente me vi encurralada, eu iria, “de graça”, num feriado prolongado e na companhia de outros 95 coleguinhas.
Eu podia fugir, sempre se pode fugir dessas situações, mas não quis. Finalmente fui conhecer minha temida musa, que podia se revelar uma medusa quando me aproximasse.

Não foi paixão a primeira vista. De jeito nenhum. Não foi paixão nem a segunda vista, mas lá pela quinta ou sexta troca de olhares, de certo ângulo, com a inclinação certa da luz...ela me fisgou.



Irresistivelmente. Tanto que, fico aqui matutando, tentando descobrir como estará agora. Como serão suas ruas sem as hordas de turistas, como serão suas ladeiras sob chuva fina, como será um arco-iris enfeitando a tão alta Igreja de Santa Ifigênia.
Fico pensando no quanto não conheci dessa musa (tão nova para mim). Não lamento os mistérios que não desvendei, a paixão necessita-os, sem uma boa dose de desconhecimento que paixão sobrevive? Os mistérios é que nos dão o ímpeto para o segundo, terceiro, para o milésimo encontro.
Ouro Preto agora é para mim como um flerte novo, no qual me pego pensando no meio do expediente, planejando encontros, conversas, presentes que serão ofertados. Tudo na esperança de conquistá-la também, apesar de saber que, em sua longa trajetória, eu sou apenas mais uma, sou Eco e ela é Narciso.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ódio



Sabe o que eu mais odeio no mundo, mais do que tudo?
Trairagem.
Eu odeio isso, porque eu sou muito honesta sobre o que sinto e penso.
Quando eu não gosto de alguém eu não vou tratar a pessoa mal, mas tampouco ficarei de agradinhos. Quando eu acho que alguém próximo a mim está fazendo algo errado eu vou chegar e falar na lata. Quando uma atitude me desagrada eu deixo isso claro.
Porque comunicação é tudo. Sem comunicação não dá pra viver.
O pior é que quem é traíra não faz as coisas pelas costas simplesmente porque não quer se comunicar, faz porque é sacana e filha da puta mesmo.

Eu não gosto de críticas, escuto, aceito, mas não gosto, ainda assim eu sempre digo pra minha chefe, pros meus amigos, família, namorado, pipoqueiro da esquina:
"O dia em que eu fizer algo que te desagrade, o dia em que eu não corresponder a sua expectativa chega e me fala, pra eu poder me esforçar mais".
Agora fulano chegar e falar mal de você pelas costas, fazer tua caveira sem que você esteja presente, sem te dar chance de se defender? Isso eu não aceito.
Pra mim isso é coisa de criança, intriguinha de quarta série.
Por isso eu não dou confiança pra quem não se mostra honesto o suficiente pra me dizer o que pensa, porque (felizmente) eu já saí da quarta série faz tempo e, no meu mundo, adulto tem mais é que assumir as consequencias pelo que faz, pensa ou fala e quem faz qualquer uma dessas coisas pelas costas não merece que eu sequer perceba sua existência.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"I'm strong on the surface"



Sabe aqueles dias em que você acorda se sentindo a última das criaturas? Quando tudo o que você quer é um bom abraço e uma voz no seu ouvido te dizendo que você é legal e que tudo vai melhorar?
Pois é, acordei assim, sem mais nem porque.
Pra resolver a situação coloquei o "Minutes to Midnight" do Linkin Park pra tocar e estou aqui me consolando com a voz do Chester Bennington, cantando "Leave Out All To Rest", já que o namorado nem tá aqui pra abraçar.
É engraçado como Linkin Park é uma banda significativa na minha vida. Conheci eles quando tinha uns 15/16 e ouvi "Hybrid Teory" e "Meteora" até furar o cd, depois enjoei e fiquei um tempo sem ouvir nada deles, mas sempre que eu não estou bem por um motivo não identificado corro de volta pra eles.
Lembro que quando eu começei nesse negócio de blogs, lá pelos idos de 2003, fiz um post de brincadeira dizendo como teria que ser o homem perfeito para mim e uma das coisas que inclui foi a voz do Chester.
Sabe aquela voz que te encanta, que te dá vontade de ficar de mãos dadas com o dono da bendita, só ouvindo ele falar, mal respirando para não perder nenhuma entonação? Pois bem, pra mim a voz dele é assim, como um misto de calmante com estimulante, porque ao mesmo tempo que consola, também anima, como uma promessa de que as coisas vão melhorar.
E eu realmente espero que melhorem, mas só pra ajudar, acho que vou aproveitar essa hora do almoço e comprar um belo sorvete de chocolate pra me animar =)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Perigo!


Ah minha santa!
Esse ano tá começando bem, ainda em Janeiro e minha TPM começou 14 (é senhoras e senhores, C-A-T-O-R-Z-E dias) antes da menstruação.
Então se alguém começar uma guerra nuclear nessas próximas duas semanas, podem apostar, fui eu!
Normalmente eu tenho TPM 10 dias antes de menstruar, em meses abençoados, apenas 7 dias, mas não dessa vez, agora eu vou ter que me aguentar de TPM por duas semanas.
Duas semanas inteirinhas!!!!
O pior é que eu sei que estou assim, vou avisar meio mundo pra nem chegar perto pra não ser mordido (saca zumbi? então entendeu como serão as mordidas) e ainda assim vai ter neguinho vindo dar uma de engraçadinho. Daí você dá uma voadora e ele sai chorando, que você é chata e mimimi.
Vontade de mandar pra putaqueopariu!

Isso foi só um desabafo, ainda não bati em ninguém, tô puta é com a minha TPM mesmo, que resolveu me sacanear esse mês.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Insônia


Adormecida
[profundamente]
a meu lado

Entre cada batida de seu coração
...
....
.....
jazia a eternidade