quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Capitulo 1

Arthur entrou na sala meio escura onde a música tocava em alto volume, logo notou no centro da sala uma menina que dançava de olhos fechados, sem se importar com ninguém que a rodeava.
“Só pode ser ela” pensou consigo e decidiu esperar a música terminar antes de ir até ela, ficou observando-a, a maneira graciosa como ela se movia ao som da guitarra, o movimento dos cabelos ondulados, a forma como a leve luz se refletia em seu sorriso.
Os acordes da música se tornavam mais baixos, anunciando seu fim, ele se aproximou vagarosamente dela e no exato momento em que a música terminou ele estava a seu lado. Sabia que agora a atenção que ela chamava também estava sobre si, mas não se importou.
Amanda abriu os olhos com o final da música e deu de cara com aquele rapaz parado ali a sua frente, sem se mover, como se não tivesse dançado, mas agora era justamente o intervalo de segundos entre uma música e outra e ele podia simplesmente ter parado um segundo antes dela, não era necessariamente o rapaz que ela esperava, ou era?
Ele a encarava sério, sem uma palavra simplesmente estendeu a mão para ela que aceitou e foi levando-a para fora da sala, enquanto outra música tocava.
Atravessaram a sala semi escura, passaram pelo corredor iluminado e saíram para um jardim agradável, com arbustos bem podados e bancos espalhados, alguns ocupados por casais levemente bêbados se agarrando. Conduziu-a até um banco vazio e se sentaram em silêncio.
Amanda sorriu olhando para os olhos azuis escuros do rapaz a sua frente.
“Só pode ser ele, se não for então é muita coincidência” ela pensou.
Observando o sorriso e os olhos acinzentados da garota, Arthur teve certeza de que ela era a menina com quem conversara nos últimos meses e com quem marcara o encontro naquela festa, da qual teve que descobrir o endereço de última hora, pois aquele havia sido o desafio que ela lhe propôs, descobrir em qual festa estaria e descobri-la no meio dos convidados.
Podia-se ouvir a música que continuava tocando na sala, Amanda sentia o cheiro do perfume caro dele apesar da distância de mais de um braço, sorrindo ainda e olhando no fundo daqueles olhos azuis escuros ela perguntou em voz baixa:
-- Arthur?
Ele simplesmente acenou com a cabeça concordando. O sorriso dela se aprofundou, mesmo que ainda estivesse insegura, afinal mesmo depois de conversar por meses com ele via internet, sua timidez ainda era grande e o fato dele ter aceito seu desafio e ter conseguido encontra-la só a deixava ainda mais constrangida.
Nesse momento o celular de Arthur vibrou no bolso de sua jaqueta, depois de pedir licença e se levantar ele o atendeu. Amanda continuou sentada, ouvindo a música lenta que agora saía das caixas de som, tentando ignorar o nervosismo que sentia e pensar em algo inteligente ou pelo menos agradável para falar quando Arthur desligasse o telefone.
Arthur se sentia levemente aliviado pelo toque do telefone, nunca fora bom com garotas, aquela era a primeira vez em seus 22 anos de vida que se sentia tão atraído por uma garota, grande parte dessa atração era pela inteligência e humor de Amanda já que aquela era a primeira vez que ele a via.
Amanda observava Arthur de costas, ele mantinha a postura ereta, elegante, falava baixo ao celular então ela não tinha idéia de sobre o que ele falava, sua vontade era levantar daquele banco e sumir o mais rápido possível, uma voz em sua cabeça, a voz da sua parte mais medrosa, quase gritava isso dentro dela, mas não, ela iria se manter firme e ao menos tentar conversar com o rapaz. Nesse momento ele desliga o telefone e volta a se sentar a seu lado, e era impressão sua ou mais perto que antes? Antes que ela pudesse analizar isso Arthur falou e sua voz era exatamente como sua postura, elegante, quase graciosa, mas sem ser afeminada.
-- Aconteceu um pequeno problema e eu preciso resolve-lo imediatamente.
“Ah sim” Amanda pensou “O problema é que eu não sou nada daquilo que você imaginava e agora precisa dar no pé imediatamente” mas respondeu o mais educadamente possível:
-- Tudo bem – e sorriu levemente.
-- Mas Amanda...
-- Sim?
-- Eu gostaria que você fosse comigo, não é nada demorado nem muito complicado, só algumas assinaturas um pouco urgentes e...e bem, nós demoramos tanto para conseguirmos nos encontrar, mas...mas se você não quiser ir tudo bem, você deve estar com seus amigos aqui e eu não quero estragar sua festa é só que...só que eu queria conversar com você, pessoalmente sabe...mas se você não quiser tudo bem...
Arthur estava começando a se irritar consigo mesmo, nunca gaguejara antes e em sua primeira conversa com Amanda não conseguia parar de gaguejar, essa atitude não se parecia em nada com ele, mas para sua surpresa Amanda sorriu feliz e respondeu:
-- Eu vim sozinha e a festa nem estava tão boa assim, não me incomodo em ir com você.
-- Certeza? Você parecia estar se divertindo tanto quando eu cheguei...
Arthur pensou logo em seguida “Ok idiota, agora parece que você não quer a companhia dela e estava perguntando só por educação! Conserte isso agora!”, mas antes de conseguir articular mais alguma frase Amanda respondeu
-- Eu vim mais para ver se você ia me encontrar mesmo e achei que ficar parada num canto iria só facilitar sua vida – Amanda riu ao mesmo tempo em que pensava “Isso garota, mais uma frase como essa e você pode se colocar em uma bandeja pra ele, com um belo laço!”
Arthur então ofereceu a mão novamente a ela e juntos foram andando até o carro que os esperava na calçada, um Mercedes preto de vidros escuros. Ele abriu a porta do carro pra ela que já se perguntava se sua sanidade mental estava intacta, afinal estava entrando no carro de um rapaz que só conhecia pela internet, mas havia em Arthur algo que lhe inspirava confiança, mesmo sabendo que jamais deveria contar para a mãe o que estava fazendo, sob o risco de vê-la ter um ataque histérico.
Sentada no banco de trás do carro Amanda logo percebeu que Arthur era realmente rico, não apenas o carro era importado, com bancos de couro extremamente confortáveis, como não era Arthur quem dirigia, ele tinha um motorista particular! Algumas pessoas podem achar isso normal, mas para alguém que vinha de uma família simples e que só conseguira juntar algum dinheiro porque tivera boas idéias, aquilo era algo um pouco fora da realidade para Amanda.
Aqui vale a pena contar um pouco sobre a vida de nossa personagem: Amanda. A filha mais nova de três irmãos, segunda menina, entrou para a faculdade aos 17, um ano após desenvolver, um pouco por acaso, um pouco por curiosidade e com a ajuda do irmão formado em química, um tecido de camuflagem que quando usado impedia que o calor do corpo ou do objeto sob ele fosse detectado, a patente fora registrada em seu nome, mas ela vendeu o invento para os militares, num contrato que garantia uma soma obscena de dinheiro para a conta dela e a passagem da patente para eles, com a garantia de que ela não passaria nenhuma informação sobre o tecido para ninguém durante 5 anos, assim os dois lados ficaram extremamente satisfeitos com o negócio e Amanda pudera melhorar a vida de sua família e a sua própria e hoje, aos 21 morava sozinha em um apartamento espaçoso, numa das regiões mais valorizadas da cidade.
Conhecera Arthur há cinco meses, numa discussão em um fórum da internet sobre a obra de um escritor, os dois defendiam posições contrarias sobre o significado de algumas metáforas desse escritor e a discussão se alastrara da página do fórum para os emails dos dois, até o dia em que Amanda conseguira fazer contato com o escritor e descobrira que tanto sua interpretação,quanto a de Arthur eram incorretas, o que gerou muitas outras conversas, agora num tom muito mais amigável, entre eles. Depois de meses de conversa eles haviam marcado o encontro e, como Arthur gabava-se de suas capacidades investigativas, Amanda o desafiara e agora eles estavam ali, no carro dele. Ela já sabia que ele era rica, muito rico, ou melhor, que a família dele era rica, mas honestamente não imaginava que era tanto assim.
Com o carro já em movimento, depois de Arthur ter dito para o motorista leva-los para sua casa, Amanda observava a paisagem repassando mentalmente suas conversas com ele, tentando encontrar algo sobre o que falar naquele momento, enquanto isso Arthur a observava, tentando absorver cada detalhe, a pele quase translúcida, o cabelo castanho escuro caindo em ondas pelos ombros, a boca bem desenhada, a curva delicada do pescoço, a blusa preta com um discreto decote que salientava os seios fartos, a calça jeans azul escura não muito justa, a jaqueta jeans no mesmo tom, as pulseiras de prata e o cordão com um pingente pequeno de cristal em forma de coração, o perfume leve, não muito adocicado, ainda estava um pouco atordoado com a tentativa de reter os detalhes da garota ao seu lado quando percebeu que ela falara alguma coisa.
-- Desculpe, o que você disse?
-- Perguntei se você demorou muito para descobrir onde eu estaria – Amanda repetiu com um sorriso.
-- Um pouco, na verdade eu simplesmente verifiquei as listas das festas grandes e como não a encontrei em nenhuma delas procurei quais as festas pequenas nas quais você iria, ou seja, aquelas em que a música predominante fosse rock – Arthur respondeu sorrindo pois sabia dos gostos musicais de Amanda – por sorte te encontrei na segunda festa em que fui.
-- Parabéns então, mas nem combinamos o que você ganharia caso conseguisse me encontrar.
-- Ganhei o prazer de ganhar de você – ele respondeu sorrindo mais ainda.
Amanda riu e concordou com a cabeça, aquilo era esperado dele, ganhar pelo simples prazer de ganhar.
(Fim do capitulo 1)


Ou pelo menos da primeira parte do Capitulo 1, comecei a escrever isso do nada agora a noite, a historia veio vindo sem eu nem entender e sinceramente nem sei como e se vai continuar.
Postando ela aqui mais por postar e pra pedir opinião de Gui do q pra qqr outra coisa =P

Um comentário:

Guilherme Campos disse...

eita, esse gui aí q vc falo, so eu ? eheheh

achei mt bom, mt bom mesmo...
e achei mt perfeita a parte q ela repara q ele tem um motorista... tipo, ela sabia q o cara era rico, como vc mesmo enfatizo, "MT rico", mas mesmo assim, quando viu o simbolo do motorista, remeteu logo a "puts, ocara tem motorista !! eh mais rico q eu pensei"
hehhehe mt bom

mas eu jah sei como isso termina... o cara eh um psicopata, tah na cara dele isso, vao trnsar loucamente, depois ele vai pica ela em padaços kkkkkkkkkkkkkkk

bjo maninha, kero ver logo a parte q ele corta ela uhashuashuashuahu

^^
=***